O terceiro discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi marcado pela defesa das ações do governo na recuperação da economia, além de abordar outros temas, como vacinação, tratamento precoce, passaporte sanitário, questões ligadas à Amazônia e manifestações de 7 de setembro. As falas do presidente tiveram cerca de 12 minutos de duração.
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Bolsonaro omite referência a militares em discurso na ONUBolsonaro na ONU: 'Somos o país do emprego verde e da Amazônia preservada'Bolsonaro culpa governadores na ONU: 'Lockdown deixou legado de inflação'Bolsonaro sobre seu discurso na ONU: 'Verdades que desesperam'Tebet sobre Rosário: 'Advogado do governo ou é advogado público do estado?'NY Times sobre Bolsonaro na ONU: 'Defendeu uso de drogas ineficazes'As palavras que ganharam mais peso na análise de Jair Bolsonaro em 2021 foram Brasil (16 menções) e governo (10). Posteriormente, foram citadas repetidas vezes as palavras bilhões, milhões, mundo e Estados Unidos (6), países (5), além de história, investimentos, liberdade, país e tratamento (4).
O Estado de Minas analisou os padrões e as mudanças na escolha dos termos nos discursos de 2020 e 2021 de Bolsonaro para a ONU e sintetizamos aqui, em nuvens de palavras.
Em 2020, as palavras mais usadas foram Brasil (27); mundo (12); governo e paz (7); ambiental, liberdade e país (6); nações (5); cooperação, internacional, mesmo, mundial, países, produção, proteção e segurança (4).
Em 2019, em seu primeiro discurso na ONU, as palavras que ganharam mais peso na análise de Bolsonaro foram Brasil (39 menções) e países %2b país (24). Em seguida, surgiram indígenas ou indígena (23), mundo (12), liberdade (10), direitos (9). Na comparação com outros discursos de estreia de presidentes brasileiros na Assembleia Geral da ONU, vale destacar que o presidente Michel Temer, em 20 de setembro de 2016, destacou Brasil (19), mundo (15) e desenvolvimento (12).
Discurso
Na ONU, Bolsonaro elogiou as ações do governo no combate à pandemia e enalteceu o processo de recuperação econômica. Além disso, defendeu as políticas de meio ambiente do Palácio do Planalto, se disse contrário ao passaporte sanitário e voltou a falar em tratamento precoce. Outro ponto abordado por ele foi a manifestação de 7 de setembro, tida "como a maior da história".
Sem vacina
Bolsonaro é o único entre os 19 líderes do G20 (composto pelas 19 principais economias mais a União Europeia) a não tomar a vacina contra a COVID-19.
O chefe do Executivo desembarcou nos EUA com a comitiva presidencial no domingo (19/9). Desde então, Bolsonaro se reuniu com outros líderes mundiais, entre eles Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido.