O ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, pediu desculpas para a senadora Simone Tebet (MDB-MT) pelas redes sociais. O ministro tinha chamado a senadora de “descontrolada” durante o depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID.
“Senadora Simone Tebet. Apesar de tê-lo feito pessoalmente, reitero meus pedidos de desculpas caso minhas palavras tenham lhe ofendido. Às vezes, no calor do embate, somos agressivos inconscientemente. Estendo minhas desculpas a todas as mulheres que tenham se sentido ofendidas”, afirmou.
Rosário foi acusado de prevaricação por não agir diante de irregularidades identificadas pela Controladoria-Geral da União no Ministério da Saúde. A briga começou após ele chamar Simone de “descontrolada”.
A declaração aconteceu após os questionamentos feitos por Simone Tebet. “A senhora falou diversas inverdades. Precisa rever os contratos”, disse o ministro para Tebet.
“O senhor pode falar que eu falei inverdades, mas me mandar reler os contratos não pode. Me respeite! Sou senadora da República”, respondeu Simone.
Em seguida, Rosário acusou Simone. “A senhora está totalmente descontrolada.”
A fala gerou uma comoção dos senadores. Apenas o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) defendeu o ministro.
O que é uma CPI?
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
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O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.