O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) defendeu o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, que chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de 'descontrolada' na sessão dessa terça-feira (22/9). Segundo o parlamentar, o ministro foi provocado durante o depoimento até que chegou a um ponto que a situação fugiu do controle.
Em seguida, Rosário acusou Simone. "A senhora está totalmente descontrolada." A fala gerou uma comoção dos senadores e a sessão foi encerrada.
Na sessão desta quarta-feira (22/9), vários senadores se pronunciaram do ocorrido defendendo Tebet. No entanto, o senador Girão foi na direção oposta dos colegas e defendeu o ministro. "No olho por olho e dente por dente, a humanidade vai acabar cega e sem dentes", disse.
Segundo o parlamentar, os próprios colegas têm culpa do ocorrido. "O que vi ontem foi um espetáculo de agressividade, inclusive de nós senadores também. Ele foi provocado do início ao fim. É claro que um erro não justifica o outro. Ele se excedeu com a senadora Simone Tebet, mas a gente precisa compreender que precisamos ter mais respeito com as pessoas que vêm depor. Não ficar induzindo respostas, colocando palavras na boca das pessoas. Quantas vezes o ministro Rosário chegou para o relator de forma firme e disse 'eu não falei isso'. Isso foi se enervando de chegar a um ponto de se contar a história, que acho que foi a gota d'água, foi um lado pessoal que temos que respeitar por mais que temos divergências", justificou Girão.
Ele também afirmou que a situação chegou a um ponto irreversível. “A única coisa que a gente pode fazer naquele momento foi tentar orar um pouco porque o clima estava muito pesado e tentar equilibrar, mas a vaca já tinha ido pro brejo.”
Nesta quarta-feira (22/9) a CPI ouve o diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior. Segundo denúncias apresentadas à integrantes da comissão, existe uma possível pressão para que os médicos conveniados prescrevessem o tratamento precoce para COVID-19, sem eficácia comprovada, e pacientes que teriam sido assediados para aceitar os medicamentos.