Jornal Estado de Minas

'Silêncio constrangedor': Aécio critica PSDB pela iminente saída de Alckmin

 
O deputado federal Aécio Neves (PSDB) divulgou uma nota nesta quarta-feira (22/9) na qual critica o partido pela iminente saída do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Um dos fundadores da sigla em 1988, Alckmin decidiu deixar a legenda após João Doria confirmar o nome de Rodrigo Garcia, vice-governador paulista, na disputa para o governo no ano que vem. 




 
 
Aécio demonstrou respeito a Alckmin, mas cobrou explicações do PSDB pela decisão do ex-governador: “Silêncio constrangedor! Conversei recentemente com o ex-governador Geraldo Alckmin e considero incompreensível o silêncio do PSDB sobre a sua iminente saída do nosso partido. Eu o conheci quando chegamos, em 1987, para a Assembleia Nacional Constituinte, apresentado pelo então Senador Mário Covas. Desde a fundação do PSDB, em 1988, Geraldo nos representou com firmeza e dedicação em vários momentos históricos”. 

Por fim, o deputado lembrou que vários que compõem o comando da legenda não se expressaram da forma mais correta.
 
"O silêncio de nossos líderes, especialmente alguns de São Paulo, que trabalharam a seu lado ou dele receberam decisivo apoio em suas trajetórias, atualizam, lamentavelmente, a velha máxima, segundo a qual, na política, o dia da gratidão é a antevéspera da traição, ou, como diria Leonel Brizola: “a política ama a traição, mas abomina o traidor”, afirma.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

“A história do nosso partido não começou ontem. Temos uma longa trajetória de lutas e conquistas em favor do Brasil, e Geraldo esteve presente em todas elas. O PSDB tem com ele uma dívida de reconhecimento e gratidão. Os valores e o significado do nosso partido não podem se submeter à força de uma máquina administrativa ou de projetos pessoais que nada têm a ver com nossa história”, diz o comunicado. 

A relação entre Alckmin e João Doria ficou estremecida depois que o então candidato ao governo apoiou publicamente a campanha de Jair Bolsonaro para o Palácio do Planalto em 2018, deixando de apoiá-lo na disputa. O problema entre ambos se agravou quando Doria fez esforço para trazer Rodrigo Garcia do DEM para o PSDB.




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