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CPI da Covid quebra sigilos de diretor da Precisa e de seu irmão GustavoCPI da COVID ouve Danilo Trento, suspeito de envolvimento no caso CovaxinCPI da COVID convoca empresário Luciano Hang a prestar depoimentocpiCOVIDFacebook remove publicação nazista postada por promotora do DFDiretor da Precisa não explica à CPI as atividades da própria empresa"Foi essa gente que foi escolhida pelo presidente da República para comprar vacina, enquanto recusava a Pfizer, Butantan e a OMS. Ele preferiu esse tipo de negociação. É por isso que, as pesquisas revelam, aumentado a cada dia a percepção que o governo é corrupto", disse Renan.
Neste momento, Jorginho Mello falou em defesa do chefe do Executivo. "Senador Renan, não foi o presidente que escolheu. Foram os picaretas que tentaram vender", afirmou o senador.
Essa interrupção irritou Renan, que reclamou com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) que não deveria ser cortado pelos demais parlamentares. "Não lhe dei a palavra. Não grite. Não dei a palavra ao senador Jorginho, ele não pode me interromper", declarou.
Mesmo com a rebatida, Jorginho continuou a agir em defesa de Bolsonaro e interromper Calheiros. "O senhor não pode está falando isso do presidente. O senhor não tem envergadura para falar isso", disse.
"Não permito que o senhor me interrompa para defender o presidente da República quando o senhor quiser. Na hora que falo, não. Quando acabar, o senhor pode falar. Mas, no momento que falo não aceito interrupção. Por favor”, pede novamente Renan.
O senador governista não cede, e volta a fazer um comentário mais ofensivo ao relator da comissão. "Não aceita, mas falo do mesmo jeito. Aceitando ou não. Vai para os quinto então", reclama.
"Vá vossa excelência com o seu presidente. E com o Luciano Hang", rebate Renan em seguida.
"Vá lavar a boca para falar do Luciano. Um empresário decente, um homem honrado. Vá lavar sua boca, vai", diz Jorginho, agora em defesa do empresário, outro aliado do presidente da República. Nesta quinta, a CPI anunciou a convocação de Luciano para prestar esclarecimentos sobre pontos importantes na investigação do ‘gabinete paralelo’, responsável por orientar a população a aderir à medicamentos sem eficácia comprovada.
Prontamente, Calheiros reverbera: "Vai lavar a tua, vagabundo". A partir daí, o bate-boca se intensificou.
Jorginho grita ao relator: "Vagabundo é tu ladrão, picareta. Ladrão e picareta que o Brasil conhece. Você é uma ladrão picareta".
Neste instante, os senadores perdem a calma e têm que ser segurados pelos colegas presentes para evitar uma agressão física. Mesmo antes dos microfones serem cortados pela organização do Plenário, é possível ouvir os dois na contínua troca de ofensas: ‘Vagabundo, safado’.
O que é uma CPI?
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
Leia também: Entenda como funciona uma CPI
O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.