O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar a vacina CoronaVac – produzida pelo Instituto Butantan, contra COVID-19 –, nesta quinta-feira (23/9), após o ministro da Saúde Marcelo Queiroga testar positivo para a doença. Ele também voltou a citar o tratamento precoce como método eficiente para o coronavírus, mesmo sem comprovação científica.
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O Estado de Minas mostrou em algumas reportagens com infectologistas que a vacina não assegura que a pessoa nunca vá pegar o vírus, mas atua para evitar que a pessoa desenvolva a fase mais grave da doença ou chegue a óbito.
Sobre a CoronaVac, por exemplo, dados iniciais da fase de pesquisa no Brasil mostravam que, caso a pessoa seja infectada pelo coronavírus, a vacina oferece 100% de eficácia para evitar adoecimento grave, 78% para prevenir casos leves e 50,38% menos risco de adoecer.
Sobre a CoronaVac, por exemplo, dados iniciais da fase de pesquisa no Brasil mostravam que, caso a pessoa seja infectada pelo coronavírus, a vacina oferece 100% de eficácia para evitar adoecimento grave, 78% para prevenir casos leves e 50,38% menos risco de adoecer.
Após criticar a vacina, Bolsonaro ainda citou o tratamento precoce com hidroxicloroquina, que é comprovadamente ineficiente para o novo coronavírus.
“O que o mundo tem que se preparar é quem quer tomar a vacina, demos as condições. Somos o terceiro país que proporcionalmente mais vacinou no mundo. Quem acredita em outra forma de tratamento como falei na ONU, que eu respeito a autonomia do médico, você vai no médico e ele tem o direito de algo que não se tem comprovadamente nada para aquele tipo de doença, ele tem o direito de comum acordo com o paciente de indicar”, disse.
“O que o mundo tem que se preparar é quem quer tomar a vacina, demos as condições. Somos o terceiro país que proporcionalmente mais vacinou no mundo. Quem acredita em outra forma de tratamento como falei na ONU, que eu respeito a autonomia do médico, você vai no médico e ele tem o direito de algo que não se tem comprovadamente nada para aquele tipo de doença, ele tem o direito de comum acordo com o paciente de indicar”, disse.
O presidente ainda disse estar dentro do seu direito de optar pelo tratamento precoce e que se sentir mal novamente ele volta a tomar a hidroxicloroquina.
“Eu fui infectado ano passado e tomei um negócio que vocês sabem o que foi, mas se falar cai a live. Se eu me sentir mal, vou tomar de novo. É um direito meu p***. É o que eu falei há um tempo atrás e fui criticado, que quando eu tenho problema de estômago, eu tomo Coca-Cola e é problema meu, eu não tenho que dar satisfação para ninguém, é minha vida que tá em risco”, afirmou.
“Eu fui infectado ano passado e tomei um negócio que vocês sabem o que foi, mas se falar cai a live. Se eu me sentir mal, vou tomar de novo. É um direito meu p***. É o que eu falei há um tempo atrás e fui criticado, que quando eu tenho problema de estômago, eu tomo Coca-Cola e é problema meu, eu não tenho que dar satisfação para ninguém, é minha vida que tá em risco”, afirmou.
A live desta quinta-feira (23/9) foi diferente do que ocorre normalmente, quando o presidente sempre está acompanhado. Devido à viagem aos Estados Unidos para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), dois integrantes da comitiva testaram positivo para COVID-19, entre eles o ministro da Saúde Marcelo Queiroga. Por isso, Bolsonaro precisou ficar em quarentena e realizou a live sozinho.