Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar nesta sexta-feira (24/09) que a COVID apenas "encurtou a vida de vítimas por alguns dias ou semanas", o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), repudiou a fala vias redes sociais.
De acordo com Randolfe, as mortes por COVID fazem parte do projeto do governo Bolsonaro.
“Falta competência e o mínimo de responsabilidade com a coisa pública. Mas falta também compaixão, HUMANIDADE!”, escreveu.
Segundo o senador, Bolsonaro fala da vida humana como se fosse algo descartável. “As quase 600 mil mortes por COVID-19 no Brasil não foram acidentais, foram um projeto”, disse.
Mais cedo, em uma entrevista divulgada hoje pelo ativista antivacina alemão Markus Haintz no YoTtube, mas gravada no dia 8 de setembro, Bolsonaro afirmou, sem mostrar provas, que o número de mortes no Brasil por COVID “foi superdimensionado”.
"Uma pessoa na UTI por COVID custa R$ 2.000 por dia. Uma pessoa numa UTI com outras doenças custa R$ 1.000. Então, quando uma pessoa mais humilde vai ao hospital, ela é levada para a UTI, porque os hospitais vão ganhar mais dinheiro, então tem uma supernotificação. Isso aconteceu. O número de mortes no Brasil foi superdimensionado”, afirmou.