A ação de trabalhadores do Corcovado em barrar o vereador de Belo Horizonte, Nikolas Ferreira (PRTB), a ter acesso ao Cristo Redentor neste sábado (25/9) começou a gerar repercussão entre representantes da Câmara Municipal de BH. Duda Salabert (PDT), parlamentar mais votada em 2018, criticou a ação de Nikolas no Rio de Janeiro.
Duda, primeira mulher trans eleita em Belo Horizonte com o recorde histórico de 37.500 votos, comentou em uma publicação do Estado de Minas no Instagram que mostrava a notícia de que Nikolas tinha sido barrado no Corcovado. A vereadora chamou o também parlamentar de "playboy mimado".
já protagonizaram discussão na Câmara Municipal justamente por causa de protocolos sanitários para combater a COVID-19. Em junho, a professora acusou Nikolas de estar sem máscara por 15 minutos. Ela disse, na ocasião, que a ação desrespeitava o número de mortos pelo coronavírus no Brasil.
Duda Salabert e Nikolas Ferreira Nikolas se defendeu, negou o fato, disse que estava bebendo água e afirmou que a vereadora estaria com falta de assunto.
Duda, por sua vez, retornou ao microfone e disse que havia muitos assuntos, mas que esse ponto não deveria passar em branco. Nikolas também foi novamente ao púlpito e reafirmou que a posição da colega era demagógica, que buscava palanque e citou as manifestações contra o governo federal, que reuniram milhares de pessoas em 29 de maio em diversas cidades, como contraponto à indignação.
Posteriormente, Duda usou as redes sociais para se queixar do embate: "Adoraria debater sobre avanço da vacinação, sobre estratégias de crescimento econômico para a cidade, mas tive que usar meu tempo de fala para exigir o básico: que o vereador usasse máscara".
Nikolas também foi às redes e se posicionou mais uma vez sobre o debate: "Indignação seletiva para cima de mim? Então toma", escreveu, com um vídeo do momento da discussão.
Barrado no Corcovado
Nikolas Ferreira foi barrado ao tentar visitar o Cristo Redentor neste sábado. Ele chegou a tentar argumentar com uma funcionária, mas acabou ficando de fora. Isso porque ele não portava o comprovante de vacinação contra a COVID-19.
O Rio de Janeiro, desde o dia 15 de setembro, cobra o chamado "passaporte de vacinação" para que moradores e visitantes entrem em locais de uso coletivo, como pontos turísticos, cinemas, teatros, entre outros. Para isso, a pessoa tem que estar com a carteira de vacinação digital por meio do ConecteSUS ou com o cartão impresso.