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Estado de Minas CPI DA COVID

Marcos Rogério tenta desmoralizar advogada e Tebet interrompe

Governista usou uma frase da senadora para tentar fazer com que a advogada revelasse o nome dos médicos que representa


28/09/2021 15:34 - atualizado 28/09/2021 17:04

Marcos Rogério, Bruna Morato e Simone Tebet
Marcos Rogério, Bruna Morato e Simone Tebet (foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)
O senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) voltou a ironizar a posição da advogada Bruna Morato na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, nesta terça-feira (28/9). O governista utilizou uma frase da senadora Simone Tebet (MDB-MT) para questionar se Morato estava depondo como testemunha ou advogada. 
 
 
A ação foi feita insistentemente para que Bruna revelasse o nome dos médicos que ela representa.

Durante a fala, Rogério comparou a advogada com o advogado Túlio Belchior da Silveira, da Precisa Medicamentos, que passou da condição de testemunha a de investigado pela CPI, por ter ficado em silêncio durante seu depoimento.

A decisão de tornar Túlio investigado foi apoiada por Tebet, que foi uma das requerentes da convocação do advogado. O senador citou a senadora para justificar suas falas.

“Eu achei que você viria para esclarecer, com o seu currículo. Se todos aqueles interessados em levar vantagem indevida à custa da dor e da morte de centenas de milhares de pessoas tivessem ouvido o dr. Túlio professor de direito administrativo, não teriam assinado esse contrato, que na melhor das hipóteses é nulo de pleno direito — concluiu a senadora, referindo-se ao currículo acadêmico do depoente”, disse a senadora na época.

Após ter sido citada por Rogério, Tebet interrompeu o governista e relembrou  que “advogado é advogado em qualquer lugar”, ou seja, declarando que  a decisão de Bruna em manter sigilo profissional está respaldada pela Constituição. 
 

O dia da CPI  

A advogada Bruna Morato, representante dos médicos  que elaboraram um dossiê de denúncias contra a Prevent Senior,  depõe nesta terça-feira (28/9) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado.

O documento aponta que a operadora de planos de saúde ocultava mortes em um estudo com medicamentos sem eficácia contra o coronavírus, como a hidroxicloroquina.
 
Os 15 médicos que fizeram a acusação trabalharam na Prevent Senior. Segundo eles, nove pacientes morreram, mas a pesquisa relata que foram apenas dois casos. Além disso, também dizem que foram coagidos a receitar remédios do chamado “Kit-COVID", sem consentimento de pacientes e familiares.

Senadores ainda buscam investigar se esses estudos teriam sido usados pelo Ministério da Saúde por meio do "gabinete paralelo” do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O requerimento de convocação de Bruna Morato foi apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Ela deve esclarecer hoje os detalhes do material aos parlamentares.
 

O que é uma CPI?

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.

Leia também:  Entenda como funciona uma CPI


O que a CPI da COVID investiga?

   


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