A advogada Bruna Morato, que representa 12 médicos da Prevent Senior, afirmou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, nesta terça-feira (28/9), que a certidão de óbito da mãe do empresário Luciano Hang, Regina Hang, foi alterada.
De acordo com ela, a mãe do empresário bolsonarista foi submetida ao uso do 'kit COVID'. Hang negou essa informação em vídeo onde ele lamentou a morte da mãe.
"A causa do óbito da senhora Regina é desassociada da informação. Ela morre de falência múltipla dos órgãos, segundo o atestado de óbito, decorrente de um choque hemorrágico. Contudo, a evolução do prontuário mostra que ela foi internada por COVID”, disse. “Até o final, todas as doenças que ela teve decorrentes da internação estão relacionadas à COVID, o que infringe a determinação do Ministério da Saúde em informar a ocorrência desse fato em documentos públicos", afirmou.
O prontuário médico da mãe do empresário bolsonarista afirma que ela morreu em consequência de uma pneumonia bacteriana e não cita a COVID-19, motivo pelo qual foi internada na unidade hospitalar Sancta Maggiore (em São Paulo), como causa da morte.
O dia da CPI
A advogada Bruna Morato, representante dos médicos
que elaboraram um dossiê de denúncias contra a Prevent Senior,
depõe nesta terça-feira (28/9) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado.
O documento aponta que a operadora de planos de saúde ocultava mortes em um estudo com medicamentos sem eficácia contra o coronavírus, como a hidroxicloroquina.
Os 15 médicos que fizeram a acusação trabalharam na Prevent Senior. Segundo eles, nove pacientes morreram, mas a pesquisa relata que foram apenas dois casos. Além disso, também dizem que foram coagidos a receitar remédios do chamado “Kit-COVID", sem consentimento de pacientes e familiares.
Senadores ainda buscam investigar se esses estudos teriam sido usados pelo Ministério da Saúde por meio do "gabinete paralelo” do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O requerimento de convocação de Bruna Morato foi apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Ela deve esclarecer hoje os detalhes do material aos parlamentares.
O documento aponta que a operadora de planos de saúde ocultava mortes em um estudo com medicamentos sem eficácia contra o coronavírus, como a hidroxicloroquina.
Os 15 médicos que fizeram a acusação trabalharam na Prevent Senior. Segundo eles, nove pacientes morreram, mas a pesquisa relata que foram apenas dois casos. Além disso, também dizem que foram coagidos a receitar remédios do chamado “Kit-COVID", sem consentimento de pacientes e familiares.
Senadores ainda buscam investigar se esses estudos teriam sido usados pelo Ministério da Saúde por meio do "gabinete paralelo” do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O requerimento de convocação de Bruna Morato foi apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Ela deve esclarecer hoje os detalhes do material aos parlamentares.
O que é uma CPI?
As
comissões parlamentares de inquérito
(CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
Leia também: Entenda como funciona uma CPI
O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF)
, a
CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia
do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.