O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu para que as falas de homofobia feitas pelo empresário Otávio Oscar Fakhoury, contra o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), sejam juntadas no chamado "Inquérito das fake news" pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A CPI da COVID toma nesta quinta-feira (30/09) o depoimento do empresário acusado de financiar canais de informação conhecidos por disseminar notícias falsas. Fakhoury entrou na mira da CPI em agosto, quando os senadores aprovaram a quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático, desde abril de 2020.
Contarato, que foi convidado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD/AM), a assumir o cargo provisoriamente, proferiu um discurso veemente e emocionado sobre o tema. A indignação do senador, homossexual assumido e casado, foi acompanhada pelos colegas.
Sobre as falas homofóbicas contra o senador, Fakhoury nega ter preconceito em relação a "opção sexual" e diz que até tem um amigo gay no PTB-SP.
Otávio Fakhoury tem decisão do Supremo Tribunal Federal que garante seu direito de ficar em silêncio, em caso de possível autoincriminação. Concedido pelo ministro Dias Toffoli, o habeas corpus também impede que o depoente seja submetido a medida privativa de liberdade ou restritiva de direitos.