“Não dou o menor valor à bobagenzinha que aconteceu lá”, assim definiu Ciro Gomes (PDT ) sobre a tentativa de agressão sofrida por ele e outro membros da cúpula do partido durante as manifestações contra o governo Bolsonaro , na Avenida Paulista, na tarde desse sábado (2/10).
Depois da repercussão que o episódio gerou, levando, inclusive, o nome de Ciro ao assunto mais comentado do Twitter neste domingo, o presidenciável convidou jornalistas para uma entrevista coletiva para dar sua versão sobre o ocorrido.
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“A todos os brasileiros, mas especialmente à militância do PDT, que ficou muito aborrecida, e eu compreendo e fico muito agradecido pela solidariedade, mas nós temos que ter uma capacidade de não entrar nesse tipo de coisa lateral”, afirmou Ciro.
A confusão começou depois que o político discursou para manifestantes na Avenida Paulista. Durante o discurso, os manifestantes presentes começaram a vaiar e xingar o político. Quando foi deixar o local, houve tumulto e um manifestante tentou agredi-lo. Em nota, logo após o ocorrido, o PDT disse que a tentativa de agressão partiu de “meia dúzia de militantes petistas”.
Trégua de Natal
Durante a entrevista, na tarde de hoje, Ciro Gomes não só minimizou os ataques como fez questão de destacar que o momento é de união entre partidos da esquerda, e todos aqueles que defendem a democracia, em prol de um único objetivo:
o impeachment de Bolsonaro
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“Estamos propondo uma amplíssima trégua de Natal. Comparando, não temos as guerras por aí afora, não se faz até dois dias de trégua? Guerras etc. Então, quando o assunto for Bolsonaro e impeachment, a gente deve esquecer tudo e convergir para esse raríssimo consenso”, destacou o presidenciável, que defende que o mal a ser combatido agora é Bolsonaro. “O que está acontecendo no Brasil, na minha convicção, do PDT e de todos nós, é que o Bolsonaro é uma espécie de cobra, uma víbora venenosa que vai esperar a hora de dar o bote”, analisou.
Para Ciro, “só a rua” é capaz de barrar as ameaças antidemocráticas do governo Bolsonaro, além, é claro, da união dos partidos que se definem progressistas e de esquerda. “Sucede daí que quem tem responsabilidade de fato em punir o Bolsonaro e nos proteger de uma tentativa, que pode ser sangrenta, de golpe de estado, é a mobilização de todos e todas que puderem e tiverem disposição para fazer isso, comentou.