Uma semana antes de chegar ao fim, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID inicia a semana sem saber quem será seu último depoimento. Senadores discutem marcar os depoimentos do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ou do ministro da Economia, Paulo Guedes.
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A CPI investiga se houve alguma irregularidade nos contratos da empresa e do governo federal.
Em seguida, na quarta-feira (6/10), a comissão deve ouvir o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho.
Ele deve ir até a CPI para explicar se a entidade, que fiscaliza os planos de saúde, faz ou fazia parte da Prevent Senior.
Os médicos que denunciaram a Prevent Senior também estão na mira dos senadores. Eles devem comparecer à CPI na quinta-feira (7/10). Ainda não existe nenhum tipo de convocação para esses profissionais.
Para finalizar os trabalhos, os senadores pensam em convocar Queiroga e Guedes. Caso o ministro da Saúde compareça, esta será a terceira vez dele na CPI. Já Guedes, iria pela primeira vez.
Queiroga está na mira do Senado, porque ele consta na lista de investigados da comissão. O ministro da Economia foi citado pela advogada dos médicos da Prevent Senior como um dos responsáveis pela ideia de prescrever o 'kit-COVID'.
O que é uma CPI?
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
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O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.