Autor do requerimento que aprovou, nesta terça-feira (5/10), a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) usou as redes sociais para falar do assunto.
Na publicação, Vieira comparou Guedes com um presidente da Petrobras que lucra com o aumento da gasolina por ser dono de um posto.
Leia Mais
Paulo Guedes é convocado para explicar offshores no SenadoAziz ironiza ausência de médicos pró-cloroquina em Nobel de MedicinaDeputado ironiza café que 'ativa o cérebro' de depoente na CPI da CemigQueiroga tem 48h para informar sobre descontinuidade da Coronavac em 2022Senador Marcos Rogério é alvo de risadas durante sessão da CPI da Covid'Parte da natureza humana', diz Queiroga sobre gesto obsceno para protestoO requerimento foi escrito pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jean Paul Prates (PT-RN). No texto, apenas Paulo Guedes seria convocado, mas durante a reunião parlamentares adicionaram o nome de Roberto Campos Neto no pedido.
A convocação foi feita para que eles expliquem por que mantêm recursos em contas offshore no exterior.
A denúncia das offshores foi feita pelo projeto Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).
De acordo com a denúncia feita pelo ICIJ, Guedes e Campos Neto mantiveram os empreendimentos após terem entrado para o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Segundo o artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal, instituído em 2000, é proibido a funcionários do alto escalão manter aplicações financeiras, no Brasil ou no exterior, passíveis de ser afetadas por políticas governamentais.
A proibição não se refere a toda e qualquer política oficial, mas apenas àquelas sobre as quais “a autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo ou função”.
Na reportagem, Guedes aparece como acionista da empresa Dreadnoughts International Group, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas.
Os documentos apontam que o ministro possuía, em 2014, pelo menos US$ 8 milhões investidos na companhia, registrada em seu nome e nos de sua mulher, Maria Cristina Bolívar Drumond Guedes, e filha, Paula Drumond Guedes.
Ainda segundo a série de reportagens, esse número subiu para US$ 9,5 milhões no ano seguinte, de acordo com os documentos obtidos pela ICIJ.