A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) oficializou, nesta terça-feira (5/10), a abertura de
procedimento para apurar denúncias contra o secretário de Governo, Adalclever Lopes
. Ele foi acusado por Alberto Lage, ex-chefe de gabinete de Alexandre Kalil (PSD), que levantou suspeitas sobre uma possível tentativa de Adalclever de pressionar uma agência de publicidade a bancar pesquisa de intenção de voto para o governo mineiro.
A denúncia sobre o caso em torno do levantamento eleitoral foi encaminhada ao Conselho de Ética do poder Executivo. Nesta terça, o grupo se reuniu e decidiu pela apuração das suspeitas. Um relator foi nomeado para conduzir as investigações. Nova reunião está marcada para a sexta-feira (8/10).
Em uma entrevista à Rede Globo, Lage chegou a dizer que Adalclever tentou usar uma hipotética participação de Kalil na corrida ao governo para arrecadar recursos de empresários de ônibus em prol de eventual campanha a deputado estadual em 2022.
"O senhor secretário, autodeclarado coordenador de possível campanha do prefeito de Belo Horizonte ao cargo de governador de Minas Gerais, passou a impressão de que buscava constranger fornecedores do município a financiar ações políticas de seu interesse", afirmou o ex-chefe de gabinete de Kalil.
Em um áudio anexado à denúncia, Adalclever relata a Lage uma conversa com o dono de uma agência de publicidade que tem contrato com o poder público. Na gravação, o secretário conta ter falado ao fornecedor que, se sua empresa não pudesse fazer a pesquisa, outra a faria. "Você vai ver como ele vai dar um jeito rapidinho", argumenta.
"Ao saber da ação e ao suspeitar da possibilidade de ilicitude, comuniquei à secretária da pasta de Assuntos Institucionais e Comunicação Social da tentativa e obtive a resposta que a secretaria não estava de acordo com tal constrangimento de fornecedor. Destaco também que não possuo elementos que me levem a crer que o fornecedor tenha aceitado tal constrangimento, conforme evidenciado pela animosidade do secretário contra o prestador de serviços", lê-se em trecho da denúncia feita por Lage.
Sobre o possível caixa 2, o ex-chefe de gabinete afirmou que Adalclever tentou utilizar verbas repassadas por empresários de ônibus em prol de sua campanha à Assembleia Legislativa.
Filiado ao MDB e candidato ao governo em 2018, o secretário de Kalil presidiu o Parlamento estadual entre 2015 e janeiro de 2019. Por mensagem de texto, Adalclever informou que vai se posicionar "após o resultado das apurações".
Ontem, ele afirmou que se posicionaria após conversar com seus advogados.
Também ontem, ao assegurar exame minucioso das denúncias, o prefeito Alexandre Kalil disse ter sido surpreendido com as acusações . "O prefeito não tem compromisso com coisa errada. Pode ser secretário, vice-prefeito ou o papa. Se está aqui dentro e tem denúncia, tem que ser apurada - e com rigor", falou ele, à Rádio Itatiaia.
Kalil contou ter conversado com Adalclever, que negou irregularidades e se mostrou disposto a colaborar com as investigações. "Aqui, ninguém passa a mão na cabeça de ninguém e ninguém condena ninguém prematuramente. Se fez malfeito, vai pagar. Não tem escapatória".
Em 2019, poucos dias após encerrar mandato como deputado estadual, Adalclever foi anunciado como consultor de relações institucionais do município. A nova passagem do emedebista pela prefeitura começou em janeiro deste ano, já na secretaria de Governo. A pasta é responsável por coordenar as articulações junto a outros Poderes.
A denúncia sobre o caso em torno do levantamento eleitoral foi encaminhada ao Conselho de Ética do poder Executivo. Nesta terça, o grupo se reuniu e decidiu pela apuração das suspeitas. Um relator foi nomeado para conduzir as investigações. Nova reunião está marcada para a sexta-feira (8/10).
Em uma entrevista à Rede Globo, Lage chegou a dizer que Adalclever tentou usar uma hipotética participação de Kalil na corrida ao governo para arrecadar recursos de empresários de ônibus em prol de eventual campanha a deputado estadual em 2022.
"O senhor secretário, autodeclarado coordenador de possível campanha do prefeito de Belo Horizonte ao cargo de governador de Minas Gerais, passou a impressão de que buscava constranger fornecedores do município a financiar ações políticas de seu interesse", afirmou o ex-chefe de gabinete de Kalil.
Em um áudio anexado à denúncia, Adalclever relata a Lage uma conversa com o dono de uma agência de publicidade que tem contrato com o poder público. Na gravação, o secretário conta ter falado ao fornecedor que, se sua empresa não pudesse fazer a pesquisa, outra a faria. "Você vai ver como ele vai dar um jeito rapidinho", argumenta.
"Ao saber da ação e ao suspeitar da possibilidade de ilicitude, comuniquei à secretária da pasta de Assuntos Institucionais e Comunicação Social da tentativa e obtive a resposta que a secretaria não estava de acordo com tal constrangimento de fornecedor. Destaco também que não possuo elementos que me levem a crer que o fornecedor tenha aceitado tal constrangimento, conforme evidenciado pela animosidade do secretário contra o prestador de serviços", lê-se em trecho da denúncia feita por Lage.
Sobre o possível caixa 2, o ex-chefe de gabinete afirmou que Adalclever tentou utilizar verbas repassadas por empresários de ônibus em prol de sua campanha à Assembleia Legislativa.
Filiado ao MDB e candidato ao governo em 2018, o secretário de Kalil presidiu o Parlamento estadual entre 2015 e janeiro de 2019. Por mensagem de texto, Adalclever informou que vai se posicionar "após o resultado das apurações".
Ontem, ele afirmou que se posicionaria após conversar com seus advogados.
Kalil garante apuração rigorosa
Também ontem, ao assegurar exame minucioso das denúncias, o prefeito Alexandre Kalil disse ter sido surpreendido com as acusações . "O prefeito não tem compromisso com coisa errada. Pode ser secretário, vice-prefeito ou o papa. Se está aqui dentro e tem denúncia, tem que ser apurada - e com rigor", falou ele, à Rádio Itatiaia.
Kalil contou ter conversado com Adalclever, que negou irregularidades e se mostrou disposto a colaborar com as investigações. "Aqui, ninguém passa a mão na cabeça de ninguém e ninguém condena ninguém prematuramente. Se fez malfeito, vai pagar. Não tem escapatória".
Histórico
Braço-direito do prefeito desde a campanha eleitoral de 2016, quando Kalil se elegeu pela primeira vez, Alberto Lage deixou a Prefeitura de Belo Horizonte no último mês de agosto . Neste ano, antes de chefiar o gabinete, chegou a ocupar a secretaria adjunta da pasta de Governo, comandada por Adalclever. Ele, no entanto, pediu exoneração do posto em maio - retornando ao poder Executivo semanas depois, mas inserido na estrutura da equipe que responde diretamente a Kalil.Em 2019, poucos dias após encerrar mandato como deputado estadual, Adalclever foi anunciado como consultor de relações institucionais do município. A nova passagem do emedebista pela prefeitura começou em janeiro deste ano, já na secretaria de Governo. A pasta é responsável por coordenar as articulações junto a outros Poderes.