A declaração do diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello Filho, de que a agência foi surpreendida pelas as acusações feitas contra a Prevent Senior na CPI da Covid não caiu bem para o comando do colegiado. O senador Otto Alencar (PSD-BA), que preside a CPI no início da tarde desta quarta-feira, 6, questionou a declaração, destacando que existiam denúncias anteriores às reveladas pela comissão contra a operadora de saúde.
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Rabello rebateu afirmando que as denúncias de que a operadora estaria promovendo o uso de medicamentos sem a eficácia comprovada como principal medida para combater à covid -19 já havia sido investigada pela agência em abril, e arquivadas.
"Nós solicitamos informações da operadora, e o que eles fizeram? Eles apresentaram declarações dos médicos e também dos pacientes informando primeiro que eles concordavam com receber esses medicamentos, e os médicos informaram que tinham autonomia e tinham liberdade para prescrever", disse durante sua oitiva.
O diretor da ANS voltou a destacar que fatos revelados pela CPI foram o principal motivador para a agência voltar a colocar a Prevent Senior na sua mira, mas destacou que a agência continuava atuando para investigar a operadora. "Fatos narrados aqui na CPI que envolvem a questão das cobaias, que foi mencionado, a questão da alteração da (Classificação Internacional de Doenças) CID, e uma outra infração com relação a transferência de pacientes, essa informação de fato foi trazida aqui. Mas isso não quer dizer que nós não estivemos atuando, apurando e levantando as informações" declarou.
Chefe de gabinete do Ministério da Saúde entre 2016 a 2018, quando atual líder do governo, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) era ministro da Saúde, Rabello negou que tenha sido indicado para o cargo pelo deputado, que hoje figura entre os alvos da CPI da Covid.