O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), assinou a Ordem de Serviço da construção do trevo na MG-431, entre as cidades de Itaúna e Itatiaiuçu, no Centro-Oeste do estado. O gestor estadual visitou nesta quinta-feira (7/10) as intervenções, que vão receber R$ 5,7 milhões. As obras e melhorias na rodovia são uma antiga demanda da população.
Leia Mais
Zema vence no interior e Kalil em BH e entornoApós Zema ligar auxílio a bar, oposição rebate: 'Preconceito contra pobre'Eleições 2022: Kalil lidera no entorno de BH, mas Zema domina interiorZema diz que alguns mineiros usarão errado o auxílio: 'Vão para o boteco'Acordo que levará TV digital a 470 cidades mineiras é assinado nesta terçaUniversidades federais receberão R$ 500 milhões do Governo de MinasSudene incorpora, oficialmente, 81 municípios do Vale do Rio DoceAntes da cerimônia de assinatura da Ordem de Serviço, o governador visitou a Escola Estadual Vitor Gonçalves de Souza, no Bairro Padre Eustáquio, onde acompanhou o retorno dos alunos às aulas presenciais. A escola é destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na cidade e no estado, com taxa superior à média da rede estadual.
Segundo a gestão estadual, durante o período das atividades à distância, a escola recebeu R$ 17,6 mil para realizar reparos, como pintura na área externa, manutenção no telhado e troca de portas. A unidade vai receber sete conjuntos de mesa e cadeira de professor e 245 kits de carteiras para alunos, num valor de R$ 89,3 mil.
Depois da cerimônia de assinatura do termo de início das obras do Trevo do Morro do Engenho, Zema almoçou em um restaurante em Itaúna, na Avenida Jove Soares, na região central da cidade, acompanhado de diversos políticos e empresários. O governador fez um prato fit no self-service: nada de carboidratos, arroz ou macarrão. Para manter a forma, Romeu Zema serviu-se apenas de salada e carnes.
Confira o que o governador falou:
Estado articula novo acordo com a Vale
"Nós já estamos levando adiante uma revisão com relação à tragédia de Mariana que já estamos completando seis anos e até hoje nenhum prefeito, nenhuma cidade viu nada a respeito de algo que custou tão caro para o Estado. A tragédia de Brumadinho demonstrou que quando o poder público trabalha unido, como nós fizemos - advocacia geral do estado, ministério estadual e federal, defensoria do estado, defensoria federal, juntamente com o tribunal de justiça que chancelou é possível fazer um acordo em que o beneficiado seja o povo mineiro. O prefeito (de Itaúna )comentou que Itaúna recebeu 5 milhões de reais e queremos que um valor superior a esse venha no ano que vem referente à tragédia de Mariana. Estamos trabalhando junto com o governo do Espírito Santo, vale lembrar que esse novo acordo será muito mais complexo porque a bacia do Rio Doce envolve dois estados, envolve a união também. O outro era só o Estado de Minas. Mas estou otimista que até o primeiro semestre do ano próximo nós vamos ter condição de chancelar um novo acordo que vai trazer benefícios para o povo mineiro. Muito importante nesses acordos é que nem um real veio para o cofre do Estado. tudo está se transformando em infraestrutura para o povo mineiro. Eu penso assim, dinheiro que cai no cofre some, agora dinheiro que vira estrada, que vira hospital esse permanece para o povo mineiro usufruir".
Estradas intransitáveis
"No momento a nossa prioridade tem sido recuperar estradas que estão intransitáveis no Estado. Desde que assumimos Minas Gerais, há dois anos e meio, nós mal conseguimos tapar os buracos necessários nas estradas que são afetadas na época de chuva, estamos agora recuperando 80% desses trechos que estavam quase que intransitáveis em todas as regiões do Estado. Estamos priorizando recuperar o que já existe".
Privatização de rodovias
"Temos conseguido junto ao setor privado diversas melhorias como o anel viário de Montes Claros e vamos fazer a concessão das rodovias já a partir de janeiros dos dois primeiros lotes um deles no Triângulo Mineiro. Com isso virão recursos para os cofres do estado e nos vamos ter condição de investir em infraestrutura viária já que este dinheiro virá com essa finalidade".
Sobre parceria com Bolsonaro em 2022
"Ainda está muito distante. Eu não acredito em Salvador da Pátria, eu acredito em boas propostas, o candidato que tiver a melhor proposta o ano que vem é o candidato que vamos nós vamos avaliar se merece ou não o nosso apoio. Salvador da Pátria não existe, existe trabalho disciplinado".
Obras em Minas
"Minas Gerais se transformou num cemitério de obras inacabadas. Este trevo aqui poderia ter sido concluído há, 10, há 15 anos, sem adicionar recursos no orçamento, se obras que estão até hoje no meio do caminho o recurso tivesse sido canalizado pra cá. Eu cito como exemplo os hospitais regionais que nós vamos concluir agora que ficaram com as obras paralisadas por sete anos. Aquilo que fica parado todo esse tempo que demandou recurso público acaba sendo um recurso que deixa de ter utilidade. Porque um hospital com o de Divinópolis aqui vizinha, que vai atender a toda a região, nesses sete anos de obra paralisada a quantos pacientes atendeu? Zero. então fica muito claro que o Brasil, Minas, carece de planejamento."
"É muito fácil chegar num lugar como esse, soltar foguetes e falar vamos fazer e depois não há recurso para concluir a obra. Por isso esse grande cemitério de obras inacabadas. O setor público no Brasil passou a enxergar como parte da solução só a questão financeira, mas isso é só parte do problema. Se alguém me falar, Romeu eu te dou 500 mil reais e um excelente mestre de obras para construir uma casa. Ou então eu te dou 800 mil e um mestre de obra meia-boca. Eu prefiro 500 mil e um mestre de obra bom. Porque gente competente, gente que tem método pra trabalhar, gente que planeja faz toda diferença e com 500 mil eu faço uma casa melhor do que com 800 com gente que não tem essa capacidade. Nós, gestores públicos temos que correr atrás de gente competente. Imaginem se o técnico da seleção brasileira fosse montar uma seleção como muitos fazem levando parentes e amigos para poder ganhar uma copa do mundo. eu tenho certeza que o Brasil ia ficar em último lugar".
Sem distanciamento
Durante a coletiva de imprensa, o distanciamento exigido pelos protocolos de combate à COVID-19 não foi respeitado. Jornalistas, fotógrafos, radialistas e cinegrafistas da imprensa local e regional tiveram de se acotovelar para conseguir ouvir o governador.