O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (8) que decidirá "no início do ano que vem" se lançará sua candidatura para disputar a presidência com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de outubro de 2022.
"Tenho dito que não sou candidato porque só vou decidir minha candidatura possivelmente para o inicio do ano que vem", disse Lula, de 75 anos, em coletiva de imprensa em Brasília, a um ano da eleição que se antecipa como a mais polarizada da história.
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Lula reforça conversas com população e diz que o PT 'tem obrigação com o País'MG: Bolsonaro conquista ricos e evangélicos; Lula vence entre mais pobresEleições 2022: Lula à frente de Bolsonaro em Minas, diz pesquisaDefinição sobre o candidato à Presidência pelo PSDB ainda é imprevisível"Ainda não decidi porque vou decidir no momento adequado e vou conversar com todo mundo", acrescentou o ex-presidente (2003-2010), após uma semana de reuniões com lideranças políticas na capital.
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Lula pode ser candidato depois de ter recuperado em março seus direitos políticos graças à anulação das condenações por corrupção ditadas contra ele, das quais uma o levou à prisão por quase 18 meses, entre 2018 e 2019.
O ano que vem será "um ano eleitoral, em que a gente vai poder brigar muito, para que a gente possa consertar esse país", prometeu Lula, que chamou Bolsonaro de "totalmente incompetente".
"Esse país haverá de ter juízo suficiente para que no dia das eleições, eleja alguém que respeita a democracia (...). Ele (Bolsonaro) deveria fechar a boca e governar", acrescentou.
Desde que foi habilitado pela Justiça, o ex-presidente manteve um perfil baixo, sem deixar de tecer alianças com líderes da esquerda e de centro para preparar seu duelo contra o atual presidente.
Segundo a última pesquisa do Instituto Datafolha, de 17 de setembro, Lula obteria 44% dos votos, contra 26% de Bolsonaro, questionado pela sua gestão da pandemia e que também enfrenta várias investigações judiciais, entre elas uma por prevaricação por supostamente não denunciar indícios de corrupção na compra de vacinas contra a covid.