Investigado na CPI da COVID, do Senado Federal, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, disse que remédios como a cloroquina e a hidroxicloroquina não podem ser descartados para serem utilizados contra o coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, não recomenda o uso das substâncias para fazer o chamado "tratamento precoce".
Mauro Ribeiro disse que a experiência dos médicos que atuam na linha de frente da COVID-19 deve ser levada em conta na hora de prescrever ou não a cloroquina. Em abril de 2020, o CFM deu autonomia para cada médico prescrever os medicamentos do "tratamento precoce".
"É diferente o médico que fica no ar condicionado lendo estudo e que nunca viu um doente na vida", disse Ribeiro, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo". O presidente destacou que um levantamento da CFM indica que 25% a 30% dos médicos ouvidos pela entidade prescrevem os medicamentos.
Mauro Ribeiro também lamentou que a entidade esteja sendo tachada de "negacionista" por dar autonomia aos médicos e que "não podem pegar trabalhos científicos e tomar decisões apenas em cima deles", tendo que levar tudo em consideração.
"É uma doença para a qual não há um tratamento reconhecido. Por isso, é possível usar medicações off label; ou seja, que já têm registro na Anvisa para uso contra outras doenças", concluiu.
Leia mais sobre a COVID-19
Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre sintomas, prevenção, pesquisa e vacinação.
- Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil e suas diferenças
- Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
- Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
- Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
- Os protocolos para a volta às aulas em BH
- Pandemia, epidemia e endemia. Entenda a diferença
- Quais os sintomas do coronavírus?
Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns
Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara? Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina? Posso beber após vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.