Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes criticou neste domingo (10/10) o corte que sua pasta sofrerá no ano que vem, sugerido pelo Ministério da Economia. O chefe da Ciência disse, em publicação nas redes sociais, que a redução no orçamento para 2022 é, entre outras coisas, "falta de consideração".
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Sem vacina, Bolsonaro é impedido de assistir jogo do Santos na Vila BelmiroMetade dos governadores projeta reajustes em 2022Bolsonaro deixa Mourão fora da Cúpula do Clima da ONUMinistro pede que corte no orçamento da Ciência seja revisto "urgentemente"Indicação de nome para o STF deixa Planalto entre a cruz e a espadaBolsonaro: para bancar absorventes, será preciso cortar em saúde e educaçãoO Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai ter 87% a menos de sua verba. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (8), e o orçamento da pasta para 2022 passa a ser de R$ 89 milhões - era de R$ 690 milhões.
O Ministério da Economia disse que, mesmo com o corte, vai aumentar recursos para pesquisas no ano que vem. A ação, contudo, não impediu críticas por parte da comunidade científica.
"A modificação do PLN 16, feita na última hora, no dia de hoje, pela Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional, atendendo a ofício enviado ontem pelo Ministro da Economia, subtrai os recursos destinados a bolsas e apoio à pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações e impossibilita projetos já agendados pelo CNPq", inicia trecho de comunicado conjunto emitido por entidades científicas.
"É um golpe duro na ciência e na inovação, que prejudica o desenvolvimento nacional. E que caminha na direção contrária da Lei 177/2021, aprovada por ampla maioria pelo Congresso Nacional", complementa o posicionamento, endereçado ao senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal.