O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), é esperado em Minas Gerais nesta semana. Ele, que disputa as prévias tucanas pelo posto de representante da legenda na eleição presidencial, desembarca em Belo Horizonte na sexta-feira (15/10). Um encontro com prefeitos, vice-prefeitos, parlamentares e militantes está agendado para o mesmo dia. Há a possibilidade de um encontro com o governador Romeu Zema (Novo).
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Transferência de delegado que investigava Cemig entra na mira de CPIEm Minas, PT e PSDB passam a ser coadjuvantesCPI da COVID: Randolfe admite prorrogar trabalhos até 5 de novembroChuvas aliviam crise hídrica brasileira, mas Minas mantém estado de alertaEm busca da indicação à corrida ao Planalto, Doria e Leite tentam aumentar as bases de apoio regionais. O gaúcho deve, inclusive, "atacar" São Paulo, reduto eleitoral do principal adversário. Segundo apurou o Estado de Minas, uma das ideias é organizar, na capital paulista, mais de dez eventos em prol de sua candidatura.
No mês passado, o diretório mineiro do PSDB fechou acordo para apoiar Eduardo Leite. O comando estadual do partido soltou comunicado para oficializar a posição. À época, o deputado federal Paulo Abi-Ackel, presidente tucano no estado, explicou a decisão. O parlamentar é defensor da construção de uma alternativa de consenso a Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"O mineiro acredita que Eduardo Leite tem condições de ser o representante não do partido, mas do centro político brasileiro. Ele é benquisto por outras forças de outros partidos. Não adianta você eleger um candidato do PSDB que vai dividir o centro, que não vai conseguir aglutinar o centro. Quem tem mais condições de contribuir é o Eduardo Leite, disse.
A defesa a Leite encontra espaço, inclusive, na liderança do governo Zema na Assembleia Legislativa. O tucano Gustavo Valadares, que encabeça a base de apoio ao Palácio Tiradentes, é simpático à ideia de lançar o gaúcho à presidência.
Doria também buscou votos em Minas
Na semana retrasada, João Doria esteve no estado para angariar apoios nas prévias. Ele adotou discurso de "esperança" e "paz". Interlocutores ligados ao PSDB mineiro, no entanto, avaliam que a visita não teve tanta adesão de prefeitos e outras lideranças do interior. O deputado federal Domingos Sávio esteve com o governador paulista.
Semanas antes da visita de Doria, figuras do alto escalão do partido em Minas questionaram a postura de César Gontijo, tesoureiro nacional tucano. Gustavo Valadares foi um dos que acusou o dirigente de ter vindo ao estado para pressionar prefeitos eleitos a apoiar o governador paulista.
Recentemente, o PSDB mineiro conseguiu a filiação de Paulo Brant, vice-governador.