O deputado estadual Bruno Engler (PRTB) teve o perfil banido do Instagram nesta terça-feira (12/10).
Em vídeo divulgado em outras plataformas digitais, o parlamentar criticou a medida e disse que já está "tomando as medidas judiciais cabíveis".
Bruno não menciona o motivo oficial alegado pela rede para excluir a conta. O deputado sugere que está sendo perseguido por ser de direita e apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Meu Instagram foi deletado. Deletado porque eu sou de direita, porque eu defendo o presidente Bolsonaro. Então, vem a rede social, de forma completamente arbitrária e me tira a ferramenta de divulgação do meu mandato. Amanhã, eu já vou estar tomando as medidas judiciais cabíveis", afirma Engler na gravação.
O político também atribui a exclusão da página ao fato de ele ser entusiasta dos medicamentos do chamado tratamento precoce, comprovadamente ineficazes contra a COVID-19.
"Graças a Deus, passei pela COVID tomando aqueles remédios que são proibidos de serem divulgados. Certamente, um dos motivos que pesaram nos meus inúmeros cortes de alcance e também na censura da página", afirma o deputado.
Rigor
Em razão da pandemia de COVID-19 e das eleições presidenciais americanas de 2020, o Instagram e o Facebook - ambos pertencem a Mark Zuckerberg - endureceram suas políticas contra desinformação.
Desde então, posts e perfis fazem apologia a tratamentos sem comprovação científica ou que divulgam dados equivocados sobre vacinas têm sido suspensos, banidos ou têm o alcance restringido.
Exemplo recente de aplicação desta política ocorreu nos Estados Unidos com Robert F. Kennedy Jr., filho do senador norte-americano Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy.
A conta do ativista antivacinas no Instagram, que reunia mais de 800 mil seguidores, foi removida em meados de fevereiro pelo compartilhamento reiterado de informações falsas sobre imunizantes.
“Removemos essa conta por compartilhar repetidamente alegações desacreditadas sobre o coronavírus ou vacinas”, justificou o porta-voz do Instagram na ocasião.