O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, deve colocar em seu parecer o indiciamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho “01” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por ajudar a financiar grupos que espalham fake news durante a pandemia de COVID-19.
Para o relator, os filhos do presidente tiveram ligação direta com a divulgação de notícias falsas. Flávio Bolsonaro seria o responsável por contar os empresários bolsonaristas.
Além de Flávio, Eduardo e Carlos também devem ser citados no relatório.
Carlos Bolsonaro é apontado pela CPI como chefe do “gabinete do ódio”. O grupo é formado por assessores e blogueiros bolsonaristas que usam as redes sociais para atacar adversários do presidente e espalhar notícias falsas.
O pedido deve ser encaminhado para o procurador-geral da República, Augusto Aras. O relatório ainda deve passar por mudanças.
O que é uma CPI?
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
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O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.