Em tratamento com graves sequelas após ter contraído COVID, o depoente Arquivaldo Bites Leão Leite relatou à CPI ter perdido seis integrantes de sua família para a doença. Primeiro, dois de seus primos faleceram. Depois, um tio, um irmão e dois sobrinhos. "A vacina nunca vinha", lamentou.
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CPI encerra sessão que ouviu depoimentos de parentes de vítimas da covidBolsonaro sobre diesel e auxílio emergencial: 'Soluções não são fáceis'Mayra Pires, enfermeira de Manaus, relata dias sem ar: 'Vivi uma guerra'CMBH aprova, em 1º turno, PL que proíbe piercings e tatuagens em animais CPI: familiares relatam a dor da perda entre as 600 mil vítimas da COVID-19Intérprete de libras se emociona ao transmitir relato de órfã na CPI; vejaSegundo Arquivaldo, a morte de seu irmão levou sua família a ser ativa em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Ele diz que um de seus parentes chegou a ser preso por levar, em seu carro, uma faixa com os dizeres "Bolsonaro genocida".
Enquanto estava acometido pela covid, Arquivaldo sofreu um derrame e perdeu a audição de um dos ouvidos. Hoje, ele tem o equilíbrio comprometido e caminha com o auxílio de um andador. "Estou aqui hoje porque tive a oportunidade de tomar a vacina, enquanto meu irmão e outras 600 mil pessoas não tiveram", disse.
O depoente também fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro, disse estar certo de que o mandatário cometeu um "genocídio premeditado" e lamentou que o chefe do Executivo tenha causado aglomerações e desestimulado o uso de máscaras.