A Câmara Municipal de Belo Horizonte tem até o fim desta semana, sexta-feira (22/10), para definir os vereadores que vão compor a nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Casa. A CPI do Uso da Máquina Pública foi criada em substituição à
CPI do Nepotismo, extinta na última sexta-feira (15)
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Contudo, por conta de "fatos novos", segundo alguns vereadores, a CPI foi extinta para instalação da nova comissão. O novo colegiado também vai analisar possíveis vantagens pessoais e políticas na Prefeitura de BH, além de possíveis funcionários "fantasmas".
Os líderes dos partidos na Câmara de BH devem encaminhar à presidência da Casa os nomes dos indicados até sexta. Na sequência, a presidente - vereadora Nely Aquino (Podemos) - nomeia os parlamentares. Durante a formulação da CPI do Nepotismo, Nely foi criticada por não seguir orientação do líder do Avante.
O vereador Professor Claudiney Dulim (Avante) afirmou que a correligionária Flávia Borja (Avante) foi nomeada sem sua indicação. O parlamentar selecionou Juninho Los Hermanos (Avante) para atuar na CPI do Nepotismo, mas não teve a escolha proferida por Nely Aquino, o que gerou reclamação por parte do parlamentar.
Além de Borja, Nikolas Ferreira (PRTB), Bruno Miranda (PDT), Wilsinho da Tabu (PP), Marcos Crispim (PSC), Helinho da Farmácia (PSD) e Ciro Pereira (PTB) eram os membros titulares da CPI do Nepotismo. Segundo apurou a reportagem do Estado de Minas, a tendência é de que a maioria destes nomes sejam mantidos para a CPI do Uso da Máquina Pública.
A reportagem procurou a Prefeitura de BH e aguarda uma posição sobre as suspeitas dos vereadores quanto ao gerenciamento de cargos no Executivo.
Mais uma CPI
Esta será a terceira CPI concomitante na Câmara de BH. As outras dizem respeito à Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e aos gastos da Prefeitura de Belo Horizonte durante a pandemia de COVID-19. Ambas devem ser encerradas até meados de novembro.