A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID teve sua última oitiva nesta terça-feira (19/10), véspera do encerramento dos trabalhos. A sessão foi finalizada pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que, em discurso, desejou que o relatório esteja à altura dos brasileiros.
“Que amanhã, na leitura do relatório final da CPI, ele esteja à altura dos brasileiros, em homenagem aos mortos, aqueles que foram acometidos, e sobretudo que ele esteja à altura do Brasil. Que Deus nos proteja nessa missão”, disse.
De acordo com o senador Renan Calheiros, relator da CPI da COVID, seu parecer vai indicar ao menos 11 crimes para o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
São eles: a epidemia com resultado morte; infração de medidas sanitárias; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documento particular; charlatanismo; prevaricação; genocídio de indígenas; crimes contra a humanidade; crimes de responsabilidade; e homicídio por omissão.
“Significa, em outras palavras, que o presidente da República descumpriu seu dever legal de evitar a morte de milhares de brasileiros durante a pandemia", disse.
Também devem ser incluídos no relatório final os filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pelo crime de divulgação de fake news.
Além da família Bolsonaro, dois ministros titulares do governo serão responsabilizados no texto: Marcelo Queiroga (Saúde) e Onyx Lorenzoni (Trabalho).