O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, afirmou, nesta terça-feira (19/10), que a comissão está preparada para apresentar o relatório final do colegiado, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) nesta quarta (20). “Eventuais ajustes não prejudicarão a leitura do relatório amanhã. De amanhã não passará”, disse.
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Após briga sobre relatório, Aziz afirma: 'Obrigação de fazer justiça'Randolfe: '600 mil mortos foram resultado de uma trágica gestão'Randolfe encerra último depoimento da CPI: 'Que Deus proteja'cpiCOVIDDepois de 65 sessões, CPI deve indiciar 70 pessoas, incluindo BolsonaroO documento só chegou às mãos dos senadores na noite dessa segunda (18). O grupo ainda deve se reunir na noite de hoje, no apartamento funcional do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), para discutir ajustes no relatório. Randolfe afirmou que o vazamento de informações por parte do relator Renan Calheiros causou um ruído, mas que não deve alterar na síntese do trabalho.
“É evidente que teve um incômodo. Mas é um incômodo de forma. O conteúdo que nós vimos e recebemos ontem, do texto de Renan Calheiros, não tem profundas divergências. A ampla maioria do conteúdo é síntese do trabalho que fizemos. É por isso que vamos ter mais uma conversa”, afirmou. “É bom ter um convívio harmônico. Mas não somos um clube de amigos”, acrescentou.
A comissão deve apresentar o relatório final nesta quarta-feira (20). A data da votação do documento está prevista para a próxima semana, na quarta (26). Além do indiciamento do presidente Jair Bolsonaro por 11 crimes na condução da pandemia, também devem ser responsabilizados filhos do presidente, ministros e ex-ministros, funcionários e ex-funcionários do governo, deputados e médicos. No total, o relatório deve propor que 72 pessoas sejam indiciadas.