A utilização do pacto para abrigar apadrinhados foi confirmada por outros interlocutores que participam das articulações na Câmara. A terceirizada, acionada pelo Legislativo belo-horizontino em abril de 2018, tem tido o contrato renovado anualmente. Em maio deste ano, o acordo foi estendido até o mesmo mês do ano que vem.
A última vez em que as cifras anuais sofreram crescimento foi em maio de 2019, passando de R$ 10.185.294,16 para R$ 10.690.104,00. O valor, dividido pelos 12 meses do ano, rende pagamentos periódicos de R$ 890.842. Os depósitos são acrescidos dos valores acertados nos complementos contratuais.
Acesso restrito
Câmara alega 'reestruturação'
No início da tarde desta quarta-feira (20/10), a Câmara Municipal enviou nota sobre o contrato com a Máxima. Os representantes do Parlamento informaram que o espaço, "nos últimos anos, tem passado por reestruturação administrativa".
Segundo o Legislativo de BH, o cargo de técnico legislativo de nível 1 foi extinto. Assim, parte das atividades exercidas pelos ocupantes do posto foram repassadas a terceirizadas. "Com a aposentadoria dos servidores que ocupam esses cargos, ou a proximidade dessa aposentadoria, há a progressiva inclusão de novas vagas para suprir as demandas", lê-se em trecho do posicionamento.
Nota da Câmara de BH sobre as terceirizações
Com a extinção do cargo técnico legislativo I, que exigia como requisito o nível fundamental, algumas de suas atividades passaram a ser executadas via terceirização, em razão da maior economia dos postos e melhor qualificação. Com a aposentadoria dos servidores que ocupam esses cargos, ou a proximidade dessa aposentadoria, há a progressiva inclusão de novas vagas para suprir as demandas.