O ministro Paulo Guedes afirmou, nesta sexta-feira (22/10), que o governo deve ultrapassar, mais uma vez, o teto de gastos. “Nós vamos ter que gastar um pouco mais”, disse durante coletiva de imprensa ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Leia Mais
Guedes promete: 'O Brasil vai crescer bem mais no ano que vem'Pacheco confirma filiação ao PSD e avança em candidatura a presidenteCasagrande diz que País só tem ambiente político para 'se arrastar até 2022'Guedes sobre Bolsonaro: 'Eu acho que o presidente me apoia'Guedes erra nome de novo secretário e cita o banqueiro André Esteves"Ficam falando ai que eu to feliz porque furei o teto. Não. Eu detesto furar teto", afirmou. "Vão falar que a ala política venceu. Não é esse meu acordo com o presidente. Vamos olhar a parte social, mas também a fiscal. É um compromisso meu com ele", disse.
Para Guedes, o teto é um símbolo. “O teto é um símbolo do compromisso com as próximas gerações, não vamos deixar milhões de pessoas passarem fome para tirar 10 em gestão fisca”, disse.
Segundo o ministro da Economia, furar o teto de gastos "não altera os fundamentos fiscais da economia brasileira".
Durante sua fala, o ministro prometeu que o país voltará a crescer no ano que vem. “O Brasil é um país bem visto lá fora. As pessoas veem o que a gente está fazendo aqui. O Brasil vai crescer bem mais no ano que vem”, afirmou.
Boatos de demissão
Mais cedo, o jornalista Vicente Nunes, do Blog do Vicente , no Correio Braziliense , publicou um texto revelando que o 'ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu demissão do cargo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O pedido foi feito na quinta-feira (21/10) durante uma pesada discussão entre o ministro e o presidente. Guedes falou muitos tons acima do normal e disse que não aceitaria as manobras feitas pelo governo, à sua revelia, para furar o teto de gastos a fim de bancar o Auxílio Brasil de R$ 400.
Ainda segundo o texto, 'o pedido de demissão de Guedes foi confirmado por quatro interlocutores ouvidos pelo Blog. Foi feito logo depois de o ministro ser comunicado por quatro auxiliares de que não ficariam no governo diante da farra fiscal para tentar reeleger Bolsonaro'.