O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes expediu ordem de prisão ao blogueiro Allan dos Santos, um dos fundadores do site bolsonarista Terça Livre. Para que a prisão seja efetivada, seu nome será incluído na lista da Difusão Vermelha, da Interpol, pois, atualmente, Allan reside nos Estados Unidos.
Leia Mais
Wagner Moura sobre Bolsonaro: 'Conectado ao esgoto da história'Em livro, Moro vai relembrar passagem pelo governo Bolsonaro e Lava-JatoEmpresas de ex-mulher de Bolsonaro devem à UniãoSenador quer acionar STF por mentiras de Bolsonaro sobre vacinasEduardo Bolsonaro reproduz crítica de filho de Trump contra Alec BaldwinBolsonaro diz que não vai interferir nos preços dos combustíveisDepois de quebrar placa, deputado propõe homenagem à MarielleA Polícia Federal (PF) reuniu uma série de elementos que apontam a prática feita por Allan de ameaça, crimes contra a honra e incitação à prática de crimes, bem como integrar organização criminosa. Além disso, na quebra de sigilo determinada por Moraes, a PF encontrou transações bancárias suspeitas realizadas em forma de doação para o canal Terça Livre, que indicam crime de lavagem de dinheiro.
Foi ordenado ao Youtube que revelasse os IPs e dados cadastrais de cada doador. E que fossem entregues também os mesmos dados, relativos às doações, encontrados no site "apoia.se", que agrega um perfil para repasses a Allan.
De abril a maio de 2020, o canal recebeu 1.581 transações, das quais 649 não trazem informações sobre o CPF do doador. Ficou claro que o valor recebido por meio de superchat - dinheiro "doado" direto ao canal por meio dos usuários da rede YouTube - representava dois terços da renda do fundador. Ainda chamaram a atenção da polícia repasses específicos de três doadores que, somados, alcançam mais de R$ 70.000 - foram 27 apoios, no total de R$ 40.350; 31 apoios, que contabilizam R$ 15.500; e mais três apoios de R$ 15.000.
Além disso, ainda foram encontrados doações de alto valor recebidas diretamente nas contas bancárias dos fundadores, como, por exemplo, uma que registra o valor de R$ 70.000, oficializada por meio de mensagem.