O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (24/10)
que não vai interferir no preço dos combustíveis
. O chefe do Executivo comentou um novo ajuste nos preços e voltou a defender a privatização da Petrobras. A declaração
ocorreu ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes
, na saída de uma feira de pássaros no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília.
Sobre a privatização, reclamou de "burocracia" no processo."
Privatizar não é botar na prateleira e tudo bem. Não. É complicada a situação
. Teríamos privatizado muito mais coisa se não fosse essa burocracia", disse, completando que "a Petrobras está amarrada por leis, as mais variadas possíveis".
Bolsonaro ainda comentou sobre o "auxílio diesel" que prometeu a 750 mil caminhoneiros autônomos, no valor de R$ 400. "Infelizmente, pelos número do petróleo lá fora e o dólar aqui dentro, nos próximos dias, a partir de amanhã, teremos reajuste de combustível. Prevendo isso, nós discutimos bastante um auxílio ao caminhoneiro. Sabemos que é pouco R$ 400 por mês, mas estamos fazendo isso tudo no limite da responsabilidade fiscal".
Ele também criticou a demora do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar uma ação protocolada pelo governo de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os governadores sobre o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) dos combustíveis.
"Estamos buscando uma forma de minorar este problema. Tanto que, há três meses, entrei com um processo no Supremo, que ainda não se manifestou. Não é justo o ICMS incidir em cima dos próprios impostos federais, da margem de lucro, bem como no frete [...] É uma forma de calcular que não é equivocada, é injusta", defendeu.
Bolsonaro voltou a culpar governadores pelo aumento dos combustíveis e disse que "o sacrifico tem que vir de todas as partes". "Toda vez que há algum reajuste no preço dos combustíveis é muito grande, os governadores ganham ainda mais [com o imposto]. Lamento a demora do STF em decidir esta questão", concluiu o presidente.
Já Guedes caracterizou o governo como uma "aliança de liberais conservadores contra a esquerda que estava levando o país para a miséria".