O presidente Jair Bolsonaro deu mostras do quanto está preocupado com uma candidatura forte de terceira via, mais precisamente a do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que foi convocado pelo PSD para disputar a Presidência da República em 2022.
Contudo, para não passar recibo de que sentiu o golpe, Bolsonaro escalou o ministro da Economia, Paulo Guedes, para atacar o senador, que é visto como conciliador a capaz de aglutinar forças de centro e de direita que hoje rejeitam o governo.
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Presidente do PSDB classifica como 'sensíveis' denúncias de fraude nas préviasRoberto Jefferson é internado às pressas; defesa alega risco de morteTerceira via se torna bandeira majoritária de generaisO simbolismo da filiação do senador Rodrigo Pacheco ao PSD, no Memorial JKO desafio de Rodrigo Pacheco para conseguir a união dos mineirosGuedes, no seu papel de office boy, disse, neste domingo (24/10), que Pacheco não pode fazer “militância” no Senado, agora que se sabe que ele estará na disputa pela Presidência da República. Para o ministro, o senador precisa ajudar o governo a aprovar reformas, como a administrativa, além do projeto de lei que altera o Imposto de Renda, medida com a qual o governo conta para custear o Auxílio Brasil.
Reformas e militância
A declaração de Guedes ocorreu ao lado de Bolsonaro na saída de uma feira de pássaros no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília. O ministro assumiu de vez que deixou o tecnicismo de lado e vestiu o uniforme da política.
“Nós esperamos que o presidente do Senado avance com as reformas. Se ele se lança presidente da República agora, se ele não avançar com as reformas, como é que ele vai defender a própria candidatura dele?”, questionou o ministro a Economia.
Para Guedes, Pacheco “precisa avançar com as reformas. Ele precisa nos ajudar a fazer as reformas. Ele não pode fazer militância, e eu tenho certeza de que não vai fazer. Nós conversamos na semana passada. Ele falou: “Olha, nós temos que acelerar o precatório, aprovação. Nós temos que avançar com as reformas. O presidente do Senado sabe que nós estamos no caminho certo”, alegou.
Na avaliação do ministro, “Se ele (Pacheco) quiser, inclusive, se viabilizar politicamente como uma alternativa séria, tem que ajudar o nosso governo a fazer as reformas, porque o presidente quer avançar. Nós queremos avançar, o presidente da Câmara, (Arthur) Lira, quer avançar. Então, estamos esperando o Senado também nos ajudar a avançar. Todo mundo quer ajudar o Brasil a dar certo”, destacou.