O presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira
(PP-AL), comentou a decisão do
Facebook
em tirar do ar a
live
em que o presidente Jair
Bolsonaro
(sem partido) divulgou texto em que associava
Aids
com quem já foi imunizado com a
vacina
contra a COVID-19 - o conteúdo também foi excluído no Instagram. "Se ele [Bolsonaro] não tiver
nenhuma base científica
, ele justamente
vai pagar
sobre isso.", disse o deputado durante evento em São Paulo nesta segunda-feira.
Esta é a primeira vez que a rede social tira do ar uma live de Bolsonaro. Até então, a companhia derrubou apenas um post em que o presidente citava o uso de cloroquina para o tratamento de COVID-19.
Dados inexistentes
Na última quinta-feira (21/10), Bolsonaro leu, em sua live semanal nas redes sociais, duas notícias dos sites Stylo Urbano e Coletividade Evolutiva, que, baseados em inexistentes relatórios 'oficiais' do Reino Unido, afirmavam que pessoas com a imunização completa contra a COVID-19 se tornavam mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
Após divulgar a informação, que é uma inverdade, o presidente disse que não iria ler a íntegra da notícia para não sofrer sanções das redes sociais. "Não vou ler para vocês aqui, porque posso ter problemas com a minha live. Não quero que 'caia' a live. Quero dar informações concretas", apontou.
A fala do presidente foi contestada por diversos setores da sociedade civul, política e científica. A Sociedade Paulista de Infectologia divulgou nota desmentindo a fake news comentada por Bolsonaro.