O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) vai apresentar, nesta segunda-feira (25/10), um relatório paralelo à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19.
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Governo Bolsonaro: TVs católicas e evangélicas recebem 40% das licençasCPI deve incluir em relatório fala de Bolsonaro associando vacina e AIDSNo interior da Paraíba, Doria pergunta: 'Quem já foi para Dubai?'cpiCOVIDAcompanhe, ao vivo, a votação do relatório final da CPI da COVIDEm conversa com o Estado de Minas, o senador confirmou que vai apresentar um voto separado ao relatório final do relator Renan Calheiros (MDB-AL), com pedidos de aprofundamento nas investigações sobre o Consórcio Nordeste e sobre os contratos da vacina Covaxin.
“Nesses seis meses de trabalho, não tive outra alternativa. Infelizmente, tivemos uma CPI com muita emoção no aspecto de deixar a razão de lado. Tivemos uma CPI com viés politiqueiro e pensando muito nas eleições do ano que vem”, afirmou.
De acordo com o senador, a CPI passa uma ideia de FLA x FLU, onde é preciso escolher um lado. “Ou você é a favor do governo ou é contra… para mim é dificil”, disse.
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“Vai ficar muito claro amanhã minha posição de independência. Eu devo ter um voto só. Porque não vou votar com o relatório do Renan e também não vou votar com o relatório do senador Marcos Rogério (governista)”, disse.
O senador confirmou que vai apresentar um relatório paralelo ainda nesta segunda-feira, em que ele vai pedir o indiciamento de Carlos Gabas, secretário-executivo do Consórcio Nordeste.
Os integrantes da CPI da COVID votam, amanhã, o relatório final de Renan Calheiros, apresentado na semana passada, com a proposta de enquadramento do presidente Jair Bolsonaro em nove crimes — a acusação de genocídio foi retirada.
Uma vez aprovado pelo colegiado, a previsão é levar o parecer para apreciação da Procuradoria-Geral da República (PGR), para análise de Augusto Aras, já no dia seguinte à apreciação do documento.
O que é uma CPI?
As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.
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O que a CPI da COVID investiga?
Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.