A live em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se baseou em inexistentes 'relatórios oficiais' do Reino Unido para dizer que pessoas totalmente imunizadas contra a COVID-19 são mais vulneráveis à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) foi removida pelo YouTube nesta segunda-feira (25/10). Mais cedo, o Facebook já havia retirado o conteúdo de sua plataforma.
Para remover o vídeo, o YouTube afirmou que o material, publicado no dia 21 de outubro, violou diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19, ao associar de maneira errônea a vacina com a AIDS. A fala do presidente provocou repúdio em cientistas e em políticos, que reagiram em massa contra as informações falsas reproduzidas pelo chefe do governo federal.
As regras do YouTube também prevêem uma suspensão de uma semana para envio de vídeos e realização de transmissões ao vivo para casos reincidentes de infração. Isso porque, em julho, a plataforma já havia direcionado uma advertência ao canal de Bolsonaro. No entanto, não houve ações mais severas.
Como o YouTube teve que agir novamente, a medida terá uma consequência para o canal, que é a suspensão de uma semana, quando é feito um primeiro aviso, também chamado de strike. É neste caso que a remoção desta segunda se enquadra, ou seja, Bolsonaro estará impedido de fazer lives e publicar vídeos pelos próximos dias.