O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luis Felipe Salomão, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, pediu o compartilhamento das provas colhidas nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, que atingiram a base bolsonarista, com a investigação aberta em agosto para apurar os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eletrônico de votação.
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Bolsonaro aproveita visita a refugiados da Venezuela para atacar esquerda e LulaCPI da COVID: veja a lista dos 81 indiciados no relatório finalRenan diz que vai incluir Luiz Carlos Heinze na lista de indiciados da CPIRelatório da CPI da COVID pede banimento de Bolsonaro das redes sociaisPor maioria, TSE arquiva ações para cassar chapa de Bolsonaro e MourãoO pedido foi encaminhado nesta segunda-feira, 25, ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que já autorizou o envio do material para subsidiar ações eleitorais que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão - previstas para julgamento na tarde desta terça-feira.
As provas solicitadas vão ser usadas para aprofundar linhas de investigação que miram a preparação e a realização de manifestações no feriado do 7 de Setembro, transmissões ao vivo contra as urnas eletrônicas e possível propaganda política antecipada. Salomão avalia que a apuração em curso no TSE pode gerar futuras ações eleitorais relacionadas ao pleito de 2022.
Foi dentro do inquérito na Corte Eleitoral que o ministro determinou a suspensão do repasse de valores a título de monetização para canais e perfis bolsonaristas no YouTube, Facebook, Instagram, Twitter, TwitchTV e GETTR.
A investigação foi uma das reações mais duras do Judiciário contra as suspeitas recorrentes levantadas pelo presidente sobre a segurança das urnas. O inquérito administrativo foi instaurado depois que Bolsonaro organizou uma transmissão ao vivo pelas redes sociais e usou a estrutura do Palácio da Alvorada e da TV Brasil para exibir vídeos antigos e disseminar informações falsas contra o sistema de votação.
Ao abrir a apuração, Salomão viu indícios de abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea. O ministro deixa o tribunal nesta semana e será substituído pelo colega Mauro Campbell na Corregedoria e na relatoria da investigação que atinge o presidente.