Jornal Estado de Minas

CPI DA COVID

Jorginho Mello defende Heinze: 'Renan deveria ser indiciado também'

O senador Jorginho Mello (PL-SC) defendeu o colega Luis Carlos Heinze (PP-RS), que foi indiciado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID por "disseminação de notícias falsas". De acordo com Mello,  é um ''absurdo'' Renan enquadrar Heinze no relatório final por sua "opinião". 




 


Acompanhe, ao vivo, a votação do relatório final da CPI da COVID
 
Para o senador, Calheiros não tem moral para  tanto. "O senador Renan construiu uma narrativa para incriminar Bolsonaro. Deveria ser indiciado também!”, disse o catarinense.

Os dois já tiveram um atrito antes que quase se transformou em uma briga de fato após Renan xingar o empresário Luciano Hang. Jorginho não gostou e atacou o relator da CPI. 
 
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Mais cedo, Renan acatou uma sugestão do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) de indiciar o senador Heinze. 

O pedido aconteceu após o voto de Heinze, que foi contra o relatório de Calheiros e chamou a CPI de "aberração" e "funeral de terceira categoria". Ele também afirmou que a comissão "mentiu do início ao fim".




 

O dia da CPI

 
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, instalada pelo Senado, vota nesta terça-feira (26/10) o relatório final, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). O texto de mais de mil páginas - apresentado na última quarta-feira (20/10) - é fruto de um trabalho de seis meses e pede indiciamento de 81 pessoas, incluindo o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), além de outros políticos, empresários, gestores e médicos. 
 
Bolsonaro, por exemplo, foi indiciado por nove crimes, o que gerou críticas por parte de alguns senadores. Outros, como Omar Aziz (PSD-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), apesar de discordarem em alguns pontos, são favoráveis à aprovação do texto do relator Calheiros.

O relatório deve ter algumas mudanças em relação à versão apresentada na última semana. Uma delas diz respeito a uma fala de Bolsonaro, na quinta-feira (21/10) passada, associando vacinação contra o coronavírus com a Aids.





Caso aprovado, o relatório segue como denúncia aos órgãos competentes, como Ministério Público Federal (MPF) e, no caso do presidente, à Procuradoria-Geral da República (PGR). Eles serão responsáveis por seguir com as apurações e confirmar o indiciamento ou arquivar os casos.

A CPI da COVID, instalada em abril deste ano pelo Senado, apurou omissões do governo federal durante o período da pandemia de COVID-19 e repasse de verbas a estados no mesmo tempo. Os senadores da base de governo afirmam que governadores e outros gestores públicos saíram ilesos, tese refutada pelo relator.
 

O que é uma CPI?

As comissões parlamentares de inquérito (CPIs) são instrumentos usados por integrantes do Poder Legislativo (vereadores, deputados estaduais, deputados federais e senadores) para investigar fato determinado de grande relevância ligado à vida econômica, social ou legal do país, de um estado ou de um município. Embora tenham poderes de Justiça e uma série de prerrogativas, comitês do tipo não podem estabelecer condenações a pessoas.



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O que a CPI da COVID investiga?

Instalada pelo Senado Federal em 27 de abril de 2021, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da COVID trabalha para apurar possíveis falhas e omissões na atuação do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus. O repasse de recursos a estados e municípios também foi incluído na CPI e está na mira dos parlamentares.

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