O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (MG), oficializou, nesta quarta-feira (27/10), sua filiação ao PSD, de Gilberto Kassab. Esse era um movimento esperado há meses e foi confirmado na semana passada, quando Pacheco anunciou que deixaria o DEM. Em um discurso breve, ele disse que espera contribuir para que o país "recupere sua autoestima".
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Rodrigo Pacheco se filia ao PSD e discursa como candidato a presidentePacheco, ao se filiar ao PSD: 'Não podemos tolerar que o povo passe fome'Pacheco chega ao PSD comparado a JK, e ato de filiação vai reforçar ideiaFiliação de Pacheco fortalece planos do PSD para 2022Ao lado de Zema, prefeitos da RMBH assinam decretos de liberdade econômicaBolsonaro se irrita com André Marinho após pergunta sobre 'rachadinhas'Ele também reafirmou seu compromisso com a política baseada no diálogo e na moderação. Pacheco afirmou que, enquanto presidente do Senado, pretende manter conversas com os atores políticos, inclusive com o Palácio do Planalto.
"Precisamos buscar o bom senso, o que é justo. Não podemos abrir mão disso. É por isso que nós, representantes do povo, precisamos assumir com mais empenho nossas responsabilidades. Para que a população volte a acreditar em si mesma e no país", disse.
A cerimônia ocorreu no memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília e foi repleta de referências ao ex-presidente mineiro que construiu a capital federal e que era do antigo PSD. JK foi citado pelos políticos da sigla como uma inspiração. O evento foi marcado por falas sobre o protagonismo de Minas Gerais - estado de Pacheco - na política nacional.
"Juscelino fez tanto na busca desse sonho , nos deu esta nova capital nascida da sua coragem e perseverança. Tancredo era capaz de dialogar com quem quer que fosse, capaz de buscar o bom senso e equilíbrio", pontuou.
Em um tom ameno e sem falas fortes, ele afirmou que o país está cansado de viver em meio a incertezas, incompreensão e intolerância. "Uma sociedade dividida em que não se aceita a diferença e existência do outro não chegará a lugar algum", argumentou.
E continuou: "Isso nos leva a tomar uma decisão a favor do Brasil e dos brasileiros, o caminho é a união. Quando valamos em unir o brasil é porque chegamos aos extremos. A boa política é a busca do bem comum, da felicidade. A política transforma a vida das pessoas e como buscamos isso? Precisamos tratar as pessoas com dignidade, garantir o bem estar social, precisamos retirar os brasileiros da miséria absoluta", afirmou.
Partido maduro
Ainda durante seu discurso, Pacheco ressaltou que o PSD - que, segundo ele, mora em seu coração - é um partido que amadureceu e tem projetos para o país.
"O PSD que me acolhe hoje, mais que um partido maduro, é um partido comprometido com o Brasil com uma clara visão de futuro e um projeto para o país", comentou, ao dizer, também, que a sigla está muito presente no Congresso Nacional, onde tem papel fundamental e faz política de forma responsável.
Ele não disse, no entanto, se será candidato em 2022. Mas lembrou que no ano que vem o país completa 200 anos de independência e que esta será uma oportunidade para refletir sobre que tipo de país os brasileiros querem. "Nada mais conveniente (do que a data) para refletirmos sobre o Brasil que queremos. Nós não temos o direito de desistir de sonhar", ressaltou.