O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se irritou durante uma entrevista ao Pânico da Band, nesta quarta-feira (27/10), após uma pergunta feita pelo humorista André Marinho. O presidente chegou a deixar a cadeira após outras perguntas serem feitas.
O humorista André Marinho é filho de Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) no Senado. Ao questionar Jair se “rachador teria de ir para cadeia”, o presidente levou a pergunta de uma forma pessoal.
O questionamento, cheio de ironias e referências ao próprio governo Bolsonaro, irritou o presidente.
Confira:
“Presidente Bolsonaro, André Marinho aqui, uma honra revê-lo, você que muito além de nosso presidente da República é um verdadeiro mito, mas realmente está todo mundo muito preocupado com o retorno do PT ao poder. PT que vendeu o Governo para o Centrão, que comprou base parlamentar com emenda e tinha milícia digital para atacar opositor e fez indicação de cunho político para o STF.Ninguém quer ver voltar à tona aqui. Mas eu tenho uma denúncia de uma prática que vem ocorrendo no Rio de Janeiro onde nasci, onde ele militou na política, que são vários deputados nos seus gabinetes, PSB, PSOL, PT que estão roubando a torto e direito o salário de assessor e botando no próprio bolso, desviando dinheiro público. O PT inclusive é campeão deste ranking de peculato. Então presidente, eu te pergunto: rachador tem que ir para a cadeia ou não?".
Ao escutar a pergunta, Bolsonaro afirmou que Marinho estava utilizando do momento para poder apoiar o pai. "Marinho, você sabe que sou presidente da República e respondo pelos meus atos. Então não vou aceitar provocação sua. Você recolha-se ao seu jornalismo", disse."Seu pai quer a cadeira do Flávio Bolsonaro", afirmou.
Bolsonaro PERDEU A LINHA após uma pergunta do @AndreMarinho no Pânico kkkkkkkkkkkkkkkk
%u2014 MBL - Movimento Brasil Livre (@MBLivre) October 27, 2021
Tigrão com humorista, tchutchuca com o STF pic.twitter.com/FgplxOG9Zh
Paulo Marinho foi o responsável pela revelação de que Flávio Bolsonaro recebeu informações privelegiadas dentro da Policia Federal (PF) na investigação das “rachadinhas”.