O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes afirmou que não existem dúvidas sobre a existência de um gabinete do ódio trabalhando pela disseminação de fake news e incitação da violência. O magistrado ressaltou que, apesar da Corte absolver a chapa formada pelo presidente Jair Bolsonaro e o vice, Hamilton Mourão, pelo disparo de mensagens em massa, não se pode fechar os olhos para as milícias digitais - que podem ameaçar as eleições do ano que vem. Ele afirmou que esses grupos são treinados por uma "extrema direita fascista".
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PF faz novas buscas contra Precisa em investigação sobre venda da CovaxinBolsonaro diz que quem recebe Bolsa Família 'não sabe fazer quase nada'Lula diz que governo responsável não precisa de lei de teto de gastosEmpresas não deveriam patrocinar quem prega a intolerância e o ódioTSE cassa mandato de deputado por disseminação de fake newsLula: "Bolsonaro agiu como um verdadeiro genocida"As declarações foram feitas durante o julgamento da cassação da chapa vencedora das eleições de 2018, formada por Bolsonaro e Mourão, nesta quinta-feira (28). "A justiça pode ser cega, mas não pode ser tola. Não podemos criar de forma alguma o precedente avestruz. Todo mundo sabe o que ocorreu. Todo mundo sabe o mecanismo utilizadas nas eleições e depois. Isso é fato mais do que notório", destacou o ministro.
Cassação Bolsonaro-Mourão
Ao retomar o julgamento que apurou se os vencedores do pleito das últimas eleições cometeram abuso do poder econômico por conta de disparos em mensagens em massa, por unanimidade, o colegiado votou pela absolvição da chapa Bolsonaro-Mourão.
Levando-se em conta o histórico da Corte, o arquivamento não é surpresa. O TSE jamais puniu um presidente da República com a cassação da chapa e as condenações costumam alcançar, sobretudo, governadores e prefeitos - no que se refere aos representantes do Poder Executivo.