O YouTube removeu nesta sexta-feira (29/10)
a live do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido) dos canais de Carlos Bolsonaro e "Os Pingos nos Is". O conteúdo é referente à associação mentirosa e sem embasamento científico feita por Bolsonaro entre a vacina da COVID-19 e a Aids.
“O canal do presidente Jair Bolsonaro segue temporariamente suspenso, impedido de enviar vídeos com novos conteúdos ou fazer transmissões ao vivo, de acordo com a nossa política de alertas e avisos”, afirmou o YouTube, em nota.
"Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças in
Entenda o sistema de alertas e suspensão do YouTube
A plataforma global de compartilhamento de vídeos tem um sistema de alertas e avisos que pode levar a suspensões temporárias ou remoção permanente das contas. De acordo com o YouTube, ao compartilhar um conteúdo que afronta as diretrizes básicas da plataforma, o usuário recebe um primeiro alerta.
O alerta tem o objetivo de orientar aquele perfil para que não confronte a regra novamente. Caso haja uma reincidência, o usuário recebe um primeiro aviso e uma suspensão de uma semana de sua conta.
Se o usuário permanecer com a mesma linha de publicação, um segundo aviso é enviado e uma penalidade referente a duas semanas de suspensão da conta é aplicada. Em último caso, com um terceiro aviso, a conta é permanentemente removida. Para isso, os três avisos devem ocorrer em um prazo de 90 dias, desde a primeira suspensão.
No caso de Jair Bolsonaro,
sua conta infringiu as diretrizes da plataforma
entre os dias 20 e 21 de julho. O presidente, então, recebeu o alerta. Ao persistir com seu posicionamento contra a vacina e, de forma mentirosa, associar a vacina ao HIV, recebeu o primeiro aviso.
Segundo o YouTube, se Bolsonaro receber mais dois avisos até o mês de janeiro sua conta será banida da plataforma. Quanto às contas do filho 02 do presidente, Carlos Bolsonaro, e "Os Pingos nos Is", até o momento a plataforma não se posicionou se haverá algum tipo de punição por replicar o conteúdo.