Um dia após figurar entre os assuntos mais comentados do Twitter, o vereador de Divinópolis Diego Espino (PSL) fez um exame toxicológico nesta sexta-feira (29/10). O objetivo do legislador da cidade do Centro-Oeste mineiro foi provar que o pronunciamento furioso de ontem não ocorreu sob efeito de drogas ou álcool.
O parlamentar se exaltou (veja o discurso na íntegra abaixo) e desmaiou ao se defender de fake news que o acusava de querer implantar no município a ideologia de gênero - expressão sem reconhecimento acadêmico e significado científico.
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Hoje, o parlamentar procurou um laboratório nas primeiras horas do dia. “São 7h30 e eu estou indo fazer um exame toxicológico para comprovar e colocar por terra mais uma fake news na cidade de Divinópolis”, declarou antes de entrar no laboratório.
Espino também pediu mais empatia. “Pessoal, vamos ter cuidado para falar do próximo, ter mais empatia com o ser humano. A gente não vale nada nesta terra. O que a gente vale é o que a gente faz e planta", iniciou.
"Não é assim que fala na bíblia? Todo mundo fica falando de cristão, família... Está na hora de ter mais amor. Vamos parar com essas brigas bobas e fazer pelo próximo o que gostaríamos de fazer pela gente mesmo”, complementou.
O material para o exame foi colhido com o acompanhamento de uma enfermeira do laboratório. Deverá ser analisado se houve consumo de bebida alcóolica, maconha e cocaína. Os resultados deverão ficar prontos no dia 9 de novembro.
Furioso
O vereador ficou furioso após ser compartilhado nas redes sociais imagem que associava a foto dele ao famigerado termo "ideologia de gênero".
Confira o discurso na íntegra:
“Nosso projeto é uma iniciativa que fortalece o reconhecimento de pessoas LGBTQIA%2b, porque permite que elas utilizem seus nomes sociais em órgãos públicos. O que eu não posso aceitar, de forma nenhuma, é a tentativa suja de denegrir minha imagem, ligando meu projeto com a ideologia de gênero, que é um assunto muito delicado e que não compactuou”, declarou.
Ele é autor do projeto que autoriza o uso do nome social por transgêneros, travestis e transexuais no município. A proposta foi protocolado nessa segunda-feira (25/10), três dias antes do ocorrido.
*Amanda Quintiliano especial para o EM