O Ministério das Relações Exteriores prestou solidariedade ao cônsul-geral de Portugal no Rio, embaixador Luiz Gaspar da Silva, e à sua família, após o assalto à sua residência, em Botafogo, zona sul da capital fluminense. O assalto ocorreu na madrugada de sábado, 30. Neste domingo, 31, o Itamaraty informou, em nota, que o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, telefonou para o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, e "garantiu o máximo empenho das autoridades brasileiras na investigação".
As apurações sobre o crime estão a cargo da Polícia Civil do Rio, que informou, ainda no sábado, 30, que fez perícia no local e requisitou imagens de câmeras de segurança. Também foram feitas diligências na área de mata atrás da residência do cônsul-geral e do Consulado-Geral de Portugal, que ficam no mesmo terreno, e de casas vizinhas.
Durante o assalto, o cônsul-geral, familiares e funcionários estavam no local e foram feitos reféns pelos assaltantes. Segundo o jornal O Globo, a invasão ocorreu por volta das 2 horas da manhã. Os assaltantes estavam armados com pistolas e facas, amarraram todos que estavam na casa e os deixaram em um dos cômodos por cerca de 50 minutos. Foram roubados bens pessoais, como computador e documentos.
O vice-cônsul de Portugal no Rio, João Marco de Deus, disse à agência de notícias portuguesa Lusa que Gaspar da Silva e seus familiares estão "traumatizados", mas não foram feridos. "Estão fisicamente bem (), obviamente bastante traumatizados, como todos estaríamos, mas estão bem. Está tudo bem com a família do cônsul e não há o que reportar, quer com a família do cônsul quer com os funcionários", disse Marco de Deus à Lusa, conforme publicado pelo site do jornal português Observador.
O ministro português Santos Silva disse à agência Lusa que falou com o cônsul-geral e que ele estava bem. "Posso confirmar que ele está bem e que houve infelizmente esse assalto e que o assalto foi à mão armada, por um grupo de homens, e em resultado disso há a lamentar o roubo de vários bens", afirmou o ministro português.
Procurado desde sábado, 30, o Consulado-Geral de Portugal no Rio não respondeu aos contatos da reportagem do Estadão/Broadcast.
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