Com o fim da cúpula do G20, o presidente da República, Jair Bolsonaro, chegou na manhã (horário de Brasília) desta segunda-feira em Anguillara Veneta, comuna da província de Pádua, no interior da Itália, onde nasceram e viveram os antepassados do chefe do Executivo. Lá, receberá ainda nesta data o título de cidadão honorário.
A outorga da homenagem foi aprovada pelo poder legislativo local sob protestos da comunidade e de grupos ligados à causa ambiental. Na sexta-feira, militantes chegaram a pichar "Fora, Bolsonaro" nas paredes da prefeitura de Anguillara Veneta.
De acordo com a programação oficial divulgada pelo governo, após a cerimônia, que deve contar com a presença de parentes distantes do presidente, Bolsonaro será recebido em almoço organizado pela prefeita Alessandra Buoso, filiada ao partido de direita Liga e autora do projeto de homenagem.
A solenidade de entrega do título honorário não deverá ser transmitida ao vivo, esclarece a equipe de comunicação que acompanha o presidente na Itália.
Para marcar presença em uma agenda pessoal na cidade de origem de sua família, Bolsonaro deixa de ir à 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-26, em Glasgow, Escócia, onde estarão reunidos os principais líderes globais. Apenas um vídeo gravado pelo presidente deverá ser exibido - e no pavilhão destinado ao Brasil.
O governo decidiu enviar como chefe da delegação o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, como uma "estratégia", na explicação de Bolsonaro.
O vice-presidente Hamilton Mourão, no entanto, disse que a ausência do chefe do Executivo seria para evitar "pedradas", já que o Brasil é bastante criticado no exterior por sua política ambiental.
POLÍTICA