O Partido Novo oficializou, nesta quarta-feira (03/11), o cientista político Luiz Felipe d'Ávila como pré-candidato da legenda ao Palácio do Planalto. O lançamento ocorreu em Brasília (DF). Ávila fez discurso pregando liberdade econômica, diálogo com o mercado. Houve críticas ao que ele chamou de "populismo de esquerda e direita".
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O Novo abriga Romeu Zema, governador de Minas Gerais. Ao continuar a fala sobre o "PCC", d'Ávila criticou "feudos de privilégio" e a dificuldade de concretizar a abertura econômica.
"O corporativismo é essa pauta desastrosa para o país, que prioriza interesses específicos em vez de servir à nação e ao brasileiro. Nós todos pagamos essa conta cara do corporativismo ao criar feudos de privilégio e benefícios que mantém a economia fechada e o país incapaz de competir globalmente. Que mantém feudos e currais eleitorais que distanciam o povo de ter a sua oportunidade para crescer, progredir, empreender e trabalhar".
Depois, o cientista político detalhou o segundo "C" da sigla que cunhou. "O clientelismo é sinônimo de gente que arruma emprego aos seus parentes em vez de governar em nome da nação e fazer com que sejam criadas oportunidades para todos os brasileiros".
Petrobras privatizada no primeiro dia
A agenda de Luiz Felipe d'Ávila estará calcada, ainda, na privatização de empresas. Ele prometeu que, se eleito, venderá a Petrobras no primeiro dia de governo.
"É um absurdo ter uma empresa que vem sendo usada como fonte de corrupção pelo populismo de esquerda e como fonte de manipulação de preços pelo populismo de direita. Faz com que nós todos percamos. Todos vamos ter que pagar essa conta", opinou.
O filiado ao Novo prometeu, ainda, dar ênfase a conversas com o mercado. "É a parceria público-privada que vai ajudar o Brasil a encontrar soluções inovadoras a seus reais problemas. É trazer o mercado para a sala".
Luiz Felipe d'Ávila é criador do Centro de Lideranças Políticas (CLP). Ele estudou nos Estados Unidos e na Europa. O presidenciável também atuou como editorialista e comentarista político.
Em 2018, o Novo foi representado por João Amoêdo na disputa presidencial. Ele terminou a disputa em quinto lugar, com 2,5% dos votos válidos.