A Polícia Federal foi ao encontro do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na noite dessa quarta-feira (3/11), para tomar o depoimento de Bolsonaro no inquérito que apura a sua suposta tentativa de interferir politicamente na corporação para blindar familiares e aliados de investigações.
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Inquérito
O inquérito foi aberto pelo STF em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), e tem como base acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro ao deixar o governo.
Segundo Moro, Bolsonaro tentou interferir em investigações da PF ao cobrar a troca do chefe da Polícia Federal no Rio de Janeiro e ao exonerar o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, indicado por Moro. Bolsonaro nega ter tentado interferir na corporação.
Sergio Moro tem afirmado que entre as provas de que Bolsonaro tentou interferir na PF estão mensagens trocadas pelos dois em um aplicativo e a reunião ministerial de 22 de abril de 2020.
Na ocasião, Bolsonaro disse: "Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro e oficialmente não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f... minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Se não puder trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira."