A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL),
ameaçada de morte nas redes sociais, terá a segurança reforçada. Uma cooperação entre a Polícia Legislativa da Assembleia de Minas Gerais e as polícias Civil e Militar vai garantir a escolta da parlamentar. Nesta quinta-feira (4/11), ela concedeu entrevista coletiva para garantir que não vai deixar de cumprir agendas políticas por todo o estado.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, Andréia tem sido alvo de ataques após ter dito que o colegiado vai apurar as circunstâncias da ação policial deflagrada em Varginha, no Sul de Minas. A operação resultou na morte de 26 pessoas.
Nas redes sociais, pessoas passaram a ameaçar a deputada de forma acintosa - e até criminosa -, com xingamentos de baixo calão. Ela chegou a ser comparada à Marielle Franco, também do PSOL. Vereadora do Rio de Janeiro, ela foi executada em 2018. "Você vai ver o que lhe espera. Vamos te matar. Seu fim será igual ao de Marielle. Pra tu ficar de exemplo", afirmou um dos cidadãos.
"Estou me preparando para garantir a minha segurança física e a segurança de minha família. Toda ameaça tem, sim, um fundo de verdade", disse Andréia, hoje.
Ela levou todas as mensagens à Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil. Trinta e cinco perfis enviaram conteúdos considerados ameaçadores.
Na Assembleia Legislativa desde 2019, Andréia foi vice-presidente do comitê de Direitos Humanos até assumir, neste ano, a liderança do grupo. Para ela, os ataques compõem tentativa de impedir as atividades da comissão.
"Meu corpo continua à disposição para a luta e para a defesa incondicional da vida. Como a gente tem defendido, aqui, a vida de vários policiais. Também recebemos denúncias sobre a violação de direitos desses trabalhadores", explicou.
Eleita com 17.689 votos, Andréia, de longa trajetória na advocacia popular, lembrou do papel exercido pelos deputados que cumprem funções na Comissão de Direitos Humanos.
"É anormal questionar uma mulher negra, presidente da Comissão de Direitos Humanos, cumprir o que é protocolar, que esta Casa sempre fez. Na história da Comissão de Direitos Humanos, é protocolar acompanhar todo procedimento para garantir lisura e dignidade em todas as atividades do Estado".
Andréia de Jesus tem mantido contato com mães de alguns dos suspeitos mortos na ação policial em Varginha. Segundo ela, há pedidos por ajuda para o traslado dos corpos.
"São dezenas de mensagens de mães pedindo ajuda para enterrar os filhos", contou.
A deputada refutou narrativas que atribuem aos defensores dos direitos humanos a pecha de 'defensores de bandidos'.
"Todos têm direito à vida. Toda vida importa. Não queremos ver policiais mortos. Não queremos, também, ver nenhum suspeito, respondendo a processo, tendo a vida ceifada antes do devido processo legal", clamou.
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, Andréia tem sido alvo de ataques após ter dito que o colegiado vai apurar as circunstâncias da ação policial deflagrada em Varginha, no Sul de Minas. A operação resultou na morte de 26 pessoas.
Nas redes sociais, pessoas passaram a ameaçar a deputada de forma acintosa - e até criminosa -, com xingamentos de baixo calão. Ela chegou a ser comparada à Marielle Franco, também do PSOL. Vereadora do Rio de Janeiro, ela foi executada em 2018. "Você vai ver o que lhe espera. Vamos te matar. Seu fim será igual ao de Marielle. Pra tu ficar de exemplo", afirmou um dos cidadãos.
"Estou me preparando para garantir a minha segurança física e a segurança de minha família. Toda ameaça tem, sim, um fundo de verdade", disse Andréia, hoje.
Ela levou todas as mensagens à Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil. Trinta e cinco perfis enviaram conteúdos considerados ameaçadores.
Na Assembleia Legislativa desde 2019, Andréia foi vice-presidente do comitê de Direitos Humanos até assumir, neste ano, a liderança do grupo. Para ela, os ataques compõem tentativa de impedir as atividades da comissão.
"Meu corpo continua à disposição para a luta e para a defesa incondicional da vida. Como a gente tem defendido, aqui, a vida de vários policiais. Também recebemos denúncias sobre a violação de direitos desses trabalhadores", explicou.
Eleita com 17.689 votos, Andréia, de longa trajetória na advocacia popular, lembrou do papel exercido pelos deputados que cumprem funções na Comissão de Direitos Humanos.
"É anormal questionar uma mulher negra, presidente da Comissão de Direitos Humanos, cumprir o que é protocolar, que esta Casa sempre fez. Na história da Comissão de Direitos Humanos, é protocolar acompanhar todo procedimento para garantir lisura e dignidade em todas as atividades do Estado".
Pelo 'direito ao luto' e pelo 'direito à vida'
Andréia de Jesus tem mantido contato com mães de alguns dos suspeitos mortos na ação policial em Varginha. Segundo ela, há pedidos por ajuda para o traslado dos corpos.
"São dezenas de mensagens de mães pedindo ajuda para enterrar os filhos", contou.
A deputada refutou narrativas que atribuem aos defensores dos direitos humanos a pecha de 'defensores de bandidos'.
"Todos têm direito à vida. Toda vida importa. Não queremos ver policiais mortos. Não queremos, também, ver nenhum suspeito, respondendo a processo, tendo a vida ceifada antes do devido processo legal", clamou.