O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, veio a público defender a portaria do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) que proíbe a demissão de funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a covid-19. Ele disse que considera "drástico" demitir empregados que não quiserem se vacinar.
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Queiroga tem sido criticado desde que assumiu a Saúde no governo Bolsonaro porque, a exemplo do antecessor, Eduardo Pazuello, atendeu a pedidos ideológicos de Bolsonaro sem base científica, como a defesa da liberação do uso de máscaras antes de ter uma parcela razoável da população vacinada.
Ele também se posicionou contra a vacinação de crianças. Também nesta quinta-feira, o ministro disse que não pretende tomar a terceira dose da vacina tão cedo. "Vou deixar os outros profissionais de saúde tomarem e fazer como o presidente Bolsonaro, vou ser o último", disse.
A portaria que proíbe demissões de não vacinados foi publicada no dia 1° de novembro pelo MTP e defendida pelo ministro da pasta, Onyx Lorenzoni, que argumentou que deixar de admitir profissionais ou dispensá-los por esse motivo é algo inconstitucional. A iniciativa foi criticada por especialistas e deve, segundo eles, ser derrubada pelo STF.