O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal (STF) não apresentou os argumentos justos ao suspender a execução de emendas do orçamento paralelo. A declaração foi dada para Jovem Pan nesta segunda-feira (8/11).
“Os argumentos usados pela relatora do Supremo não são justos, dizer que nós estamos barganhando. Como posso barganhar se quem é o dono da caneta é o relator, um parlamentar? E não é [orçamento] secreto, porque está no Diário Oficial da União”, disse Bolsonaro.
De acordo com o presidente, a medida de Rosa Weber tem caráter “político”. “Há um excesso de interferência do Judiciário no Executivo. Isso não é, no meu entender, o papel do Supremo. Quem quer ser presidente da República, quem quer decidir, que se candidate“, afirmou.
No domingo (7/11), Rosa Weber deu um prazo de 24 horas para que a Câmara dos Deputados se manifeste sobre uma ação apresentada pelo deputado e ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido-RJ) contra a votação da PEC dos Precatórios.
A ministra seguiu o mesmo entendimento que já deu nos últimos dias em outra duas ações que questionam a votação da PEC, cujo texto-base foi aprovado em primeiro turno pelos deputados na semana passada.