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Estado de Minas VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA

Marcelo Ramos sobre ida de Bolsonaro ao PL: 'Não estarei no mesmo palanque'

Vice-presidente da Câmara dos Deputados deixou permanência no partido em aberto, caso o presidente da República tenha filiação confirmada


08/11/2021 22:38 - atualizado 08/11/2021 22:54

Imagem de Marcelo Ramos e Jair Bolsonaro
Marcelo Ramos deu a entender que deixará o PL caso a legenda confirme filiação de Bolsonaro (foto: Portal Câmara dos Deputados e AFP)
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), deixou em aberto sua permanência no partido caso o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), confirme sua filiação à legenda. Em conversa com apoiadores nesta segunda-feira (8/11), Bolsonaro disse que deve disputar as eleições de 2022 pelo partido.

Marcelo Ramos já se declarou como opositor político de Jair Bolsonaro. Em outras oportunidades, o vice-presidente da Câmara se manifestou contra os atos antidemocráticos promovidos por Bolsonaro e afirmou que a abertura de um processo de impeachment seria "inevitável". Ramos disse que sua situação perante ao rumor de Bolsonaro no PL é "incômoda".

"Eu não tenho como negar que é uma condição absolutamente incômoda para mim. Vou ter que esperar a confirmação disso para avaliar o que fazer. Eu também não tenho dúvida de que o presidente da República é mais importante para o partido do que um deputado federal do Amazonas mas, por outro lado, não tenho dúvida de que o futuro do país é mais importante do que o projeto de qualquer partido", disse Ramos, em entrevista nesta segunda (8/11) ao "Roda Viva", da TV Cultura.

O parlamentar, no entanto, disse que "não estará no mesmo palanque" de Bolsonaro, dando a entender que deixará o partido caso o presidente da República se filie. Ao "Estadão", o presidente do PL, o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, disse que vai preparar a filiação do presidente da República.

"O que está em jogo não é a minha reeleição, isso é muito menor do que termos um país capaz de superar a tragédia de 600 mil mortos, de 15 milhões de desempregados, de 20 milhões com fome, de 120 milhões com insegurança alimentar, de inflação a 10,5% projetada, de juros a longo prazo em 12%... não posso achar que um presidente desse é bom para o país. Não posso trocar a facilidade da minha eleição pelo desastre do país que escolhi como meu", concluiu Marcelo Ramos.


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